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25 de Abril: Guia para celebrar os 50 anos da Revolução dos Cravos

Concertos, exposições, teatro, homenagens… iniciativas não faltam para festejar Abril. Dos UHF (em Beja) a Camané (Castro Verde), de Sérgio Godinho (Évora) a Paulo de Carvalho (Sines), o tempo é de celebração. Ficam alguns destaques do que está programado para o Alentejo.

BEJA

A música um dos pontos altos das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril em Beja, estando previstos 16 espetáculos, ao longo de todo ano, com música de intervenção, cante, bandas filarmónicas, mas também com reinterpretações contemporâneas das músicas da Revolução. 

Para noite de 24 de abril está programado um espetáculo comemorativo com a atuação da Banda Filarmónica Capricho Bejense, dos UHF, que irão à capital do Baixo Alentejo apresentar “A Herança do Andarilho” e com Mundo Segundo & Sam The Kid. Os primeiros sons irão ecoar pelas 21h30, sendo que a festa se prolonga pela madrugada, com o habitual fogo de artifício e com a atuação de DJ Mikas. No dia 25, o palco será dos DAMA & Bandidos do Cante, a partir das 21h00.

Ainda em Beja, destaque para três exposições de rua: “Uma pequena luz vermelha – Cravo, a Flor da Liberdade”, que integra cartazes da coleção Ephemera, “Abril 74/75 – Um ano de ‘Diário do Alentejo’, no Calor da Revolução” e “Beja na Revolução de Abril”, com curadoria de Constantino Piçarra.

ÉVORA

Música, exposições, cinema, teatro, dança e outras manifestações artísticas vão marcar, ao longo deste ano, as comemorações de meio século da Revolução dos Cravos. O concerto de Sérgio Godinho abril, será um dos pontos altos da programação. Para além de ser um nome grande da música portuguesa, Sérgio Godinho “é um cantautor umbilicalmente ligado à Revolução”. O espetáculo está agendado para a noite de 24, na Praça de Giraldo, com música e poesia que marcam a essência da luta pela liberdade e justiça social. Antes, pelas 22h00, a Praça recebe a atuação das Vozes de Abril. Pela meia-noite, cantar-se-á “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, com a participação dos Cantares de Évora, culminando com o sempre aguardado espetáculo pirotécnico. 

PORTALEGRE

Chama-se “50 Anos de Liberdade”. Organizado por O Semeador – Grupo de Cantares de Portalegre, o espetáculo promete celebrar Abril a várias vozes. “No hino à participação que nos trouxe a democracia, teremos vários portalegrenses que aceitaram entoar connosco as melodias e as palavras identitárias deste momento histórico. Nos seus 40 anos de existência e nascido do movimento cultural pós 25 de Abril, O Semeador assume mais um ano a comemoração do Dia da Liberdade. Venha, traga outro amigo também e façamos a festa”, apela o grupo. Tome nota: começa às 21h30 no Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre.

Na capital ao Alto Alentejo, destaque ainda para a exposição “O Povo Saiu à Rua num Dia Assim”, patente na galeria do Instituto Politécnico de Portalegre e que reúne fotografias referente às manifestações populares, imprensa, militares e atos diversos ocorridos na cidade no 1º de Maio de 1974. Mas haverá também teatro, dias 25, 26 e 27, “A Paz é a Paz”, criação e produção de UmColetivo a partir de “A Paz”, de Aristófanes, da obra jornalística e poética de Maria João Carvalho, de “Nea Kavala, Nea Kavala”, de Frederico Martinho e de entrevistas a refugiadas, madrinhas e enfermeiras de Guerra. Revela a companhia que o espetáculo “coloca o público frente-a-frente, corpo-a-corpo, olhos-nos-olhos, entre o conflito e o poema, tacteando a espessura da paz entre os escombros”. A dramaturgia é de Ricardo Boléo. Estreia dia 25, pelas 21h30 no Centro de Artes do Espetáculo. Sessões dia 26 (10h30, 14h00 e 21h30) e dia 27 (21h30). Uma peça para maiores de seis anos.

SINES

A 24 de abril, às 21h30, junto ao Centro de Artes de Sines, tem início o espetáculo “Levante”, uma criação do Teatro do Mar, com a participação da comunidade. Com direção artística de Julieta Aurora Santos, trata-se de uma criação de grande escala que irá percorrer as ruas do centro histórico e terminar na baía de Sines, com uma atuação do Sylphes Aerial Ballet, num bailado aéreo sobre o mar. Uma espécie de “manual para uma revolução”. Logo a seguir, à meia-noite de dia 24, ainda na baía de Sines, dar-se-ão as boas-vindas ao Dia da Liberdade com um espetáculo de fogo de artifício. Após o espetáculo, no palco da Av. Vasco da Gama, DJ Kura prolonga a alegria em forma de dança pela noite fora.

Nesse mesmo cenário, no dia 25 de Abril, às 21h30, é a vez de subir ao palco o cantor e compositor Paulo de Carvalho. Intérprete de “E Depois do Adeus”, uma das senhas da Revolução dos Cravos, apresenta-se em Sines com o espetáculo “As Cantigas que Eu Fiz … e Outras”, que junta as canções que tornou populares, novas canções e outras que escreveu ou compôs para outras vozes.

No dia 26, às 17h00, no auditório do Centro de Artes de Sines, Maria Fernanda Rollo e Pedro Serra apresentam o livro “Projeto Sines”, onde se problematizam os anos que mais mudaram Sines, nas décadas finais do século XX.

ALJUSTREL 

Os Anjos e a Banda da Sociedade Musical de Instrução e Recreio Aljustrelense são as propostas do Município de Aljustrel para celebrar a Revolução dos Cravos. Está agendado para as 22h00 de dia 24, sendo que a entrada no “dia inicial inteiro e limpo”, como o definiu Sophia de Mello Breyner, será marcado com uma atuação, em uníssono, dos grupos de cante alentejano do concelho. A 25 haverá a habitual sessão solene da Assembleia Municipal, este ano com uma homenagem aos eleitos locais desde 1974 e com a participação de vários grupos musicais do concelho. A sessão terá início pelas 15h00 e, de acordo com o Município, permitirá destacar uma das principais conquistas de Abril: o poder local democrático.

ALANDROAL

O Município de Alandroal programou um conjunto alargado de iniciativas ligadas às comemorações dos 50 anos de Revolução de Abril, sendo que um dos pontos altos será o concerto de Rui Veloso no castelo da vila, dia 25, ao final da tarde. Por ali haverá um lanche-convívio aberto a toda a população e a noite encerrará com a atuação de DJs. O programa oficial inclui a realização de uma sessão solene da Assembleia Municipal, no dia 25, bem como o habitual périplo por todas as localidades do concelho para o hastear da bandeira e a inauguração de algumas obras. Para a noite de 24 está agendado um concerto com Jorge Fernando, no Fórum Cultural Transfronteiriço, sendo que a autarquia promete assinalar a meia-noite “de forma especial” em todo o concelho. O programa integra ainda provas desportivas, apresentação de livros e eventos “descentralizados por todo o concelho”.

CASTRO VERDE

Até dia 30, Castro Verde é palco do Festival “Primavera de Abril”, com uma programação alargada, da qual se destacam os concertos de Camané (na noite de 24) e de Carolina de Deus (30). No dia 24, na Escola Secundária de Castro Verde, será inaugurada a exposição “Arte Sem Liberdade”, no âmbito do Festival NCenas, produzido pelos alunos no âmbito do Projeto Cultural de Escola. A 27, a companhia Trigo Limpo Teatro ACERT apresenta a peça “Aloha” no cineteatro municipal. A 25 será realizada uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal (10h00) e haverá um concerto evocativa da Revolução, com a Banda Filarmónica da Sociedade 1ª de Janeiro, no Anfiteatro Municipal (16h30).

ESTREMOZ

No Rossio Marquês de Pombal os 50 anos de Abril serão celebrados dia 24 com um concerto comemorativo em que participam as bandas das Sociedades Filarmónicas Artística Estremocense, Luzitana e Veirense, o Orfeão Tomaz Alcaide e grupo de cantares alentejanos Os da Boina. O concerto terá início pelas 22h00 e à meia-noite haverá o habitual fogo-de-artifício. Também como habitualmente, o dia 25 começa com uma sessão da Assembleia Municipal evocativa da Revolução, que este ano será aproveitada para prestar homenagem aos autarcas de Estremoz eleitos e, através dele, ao poder local democrático. As celebrações prosseguem nesse dia com a inauguração da exposição “Da Resistência Antifascista à Democracia em Estremoz”, seguida de uma conferência, a partir das 15h30. “A Razão do Povo é a Nossa Força. Processo Político e Transição Democrática em Estremoz, 1974-76” será o tema da intervenção de Álvaro Borralho, estremocense e professor auxiliar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade dos Açores. 

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