Mais um heterónimo de Pessoa? Nova peça da Malvada estreia este sábado

Criação inspirada na heteronimia de Fernando Pessoa, a nova peça da Malvada, “A.M. Monstro”, estreia este sábado (21h30) no Salão Central Eborense, em Évora.

De acordo com a Malvada, este “espetáculo transdisciplinar” é uma criação de Ana Luena e de José Miguel Soares, no qual se constrói “um novo heterónimo do futuro que se inspira no conceito de heteronomia de Fernando Pessoa”. A apresentação para o público geral será este sábado e domingo (21h30), seguindo-se duas sessões (a 19 e 20) dirigidas a escolas e grupos.

Em “A.M. Monstro”, Ana Luena e José Miguel Soares erguem uma dramaturgia “que parte da ideia de monstro como um ser que conjuga diferentes elementos e que se inspira” no universo de heterónimos criado por Fernando Pessoa. 

“Ficciona-se a existência de um novo heterónimo, um conjunto de folhas só agora descobertas, cujo conteúdo revela um outro, complexo e fragmentado. Explora-se na cena e na composição musical a profusão de personagens, personalidades fictícias e a multiplicidade de vozes em diálogo. Uma meditação sobre o desconhecido, plena de futuros infinitos”, refere fonte da companhia, acrescentando que, “à semelhança do legado literário de Fernando Pessoa, o espetáculo assume-se conceptualmente experimental e combina diferentes elementos num só, por vezes incompleto, inacabado, excêntrico, contraditório, híbrido e deveras solitário”. 

A peça parte do conceito de “monstro ou figura monstruosa e contraditória que provoca inquietação, uma vez que apresenta uma outra ordem do real, ao mesmo tempo que gera fascínio, curiosidade e desejo”. A escrita, dramaturgie e encenação de Ana Luena inclui excertos da obra de Fernando Pessoa, numa “manifestação performática que explora a dicotomia entre a efemeridade da representação teatral, da vida, e o estado de transcendência que a arte possibilita”.

A interpretação é de Beatriz Gonçalves e Tomás de Almeida, dois jovens atores recentemente formados e selecionados em audição para este papel. A música original é de Zé Peps, o desenho de luz conta com a assinatura de Pedro Bilou e a fotografia e vídeo de José Miguel Soares,

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