O contrato de conceção/construção da nova ponte, explica a Infraestruturas de Portugal (IP), envolve um investimento na ordem dos cinco milhões de euros, tendo a empresa um prazo de quatro meses para apresentar o projeto, depois do contrato ser visado pelo Tribunal de Contas.
Seguir-se-á o licenciamento ambiental e só depois é que terão início as obras, em data que a IP diz não ser possível determinar “com rigor” uma vez que essa data está “dependente do desenvolvimento do processo”, em particular da necessidade, ou não, de existir uma avaliação de impacto ambiental.
A ponte sobre a Ribeira Grande, que assegurava a ligação entre Fronteira e Alter do Chão, foi parcialmente destruída pela intempérie ocorrida em dezembro de 2022.
O projeto será dimensionado para fazer face ao aumento pontual do caudal da ribeira, sendo a nova travessia construída “numa variante ao traçado atual”. Já a ponte em ruínas, construída em finais do século XVII, depois de a primitiva ponte romana ter sido destruída por um outro episódio de cheias no início desse século, passará para a posse do Município de Fronteira tendo em vista o restauro e classificação como património municipal.
“Foram as soluções que vingaram e que fizeram e fazem, neste momento, o seu caminho”, comentou há dias o presidente da Câmara de Fronteira, Rogério Silva, na sua página de Facebook, considerando que “os procedimentos administrativos estão definitivamente consolidados, não sendo possível qualquer retrocesso” no projeto.
Na publicação, o autarca lembra os dois anos passados até ao momento da assinatura do contrato, um processo que diz ter sido marcado por diversos obstáculos, “desde o atraso no financiamento das obras, à instrumentalização política desenvergonhada, feita de aparências e sem qualquer contributo prático (pelo contrário)”.