Há três semanas que a BosilunLife, empresa que se dedica à produção de cerâmica decorativa, está a recrutar colaboradores para o desenvolvimento de novos negócios. Uma vez contratados irão trabalhar a partir do Centro Empresarial de Borba, agora inaugurado. Esta é aprimeira empresa ali instalada. E a este projeto, agora em incubação, o Município de Borba espera juntar outros, a distribuir pelas quatro salas ainda vagas.
“Queremos fomentar o empreendedorismo e, dessa forma, criar emprego e produzir riqueza”, diz José Alberto Oliveira, técnico da autarquia responsável pelo projeto. “A ideia”, acrescenta, “é dar condições às pessoas, tanto às que aqui vivem como às que se quiserem instalar, para criarem os seus negócios e iniciar a atividade”.
A ajuda, nesta fase inicial, pode mesmo marcar a diferença. Primeiro porque ao longo de 2025 “não será cobrada qualquer taxa” às empresas. Depois, porque quem ali se instalar pode utilizar uma sala multifunções e aceder a aconselhamento jurídico, consultoria fi- nanceira ou contabilidade.
“Queremos ajudá-las a ganhar asas para que possam iniciar o seu negócio de uma forma apoiada, para que possam crescer e gerar emprego”, acrescenta José Alberto Oliveira, esperançado em atingir “o máximo nível de ocupação” num curto espaço de tempo.
Outra aposta é a incubação de “projetos inovadores” em sectores onde se possam estabelecer “sinergias” com áreas económicas já presentes no concelho, a começar pelos mármores. Acresce que algumas salas poderão ser utilizadas em sistema de coworking, seja por nómadas digitais ou empresários. “Os pedidos que nos chegarem serão analisados em função das empresas e dos projetos concretos, valorizando a componente de inovação”, sublinha.
Situado junto ao mercado, o Centro Empresarial representou um investimento de 190 mil euros, cofinanciado em 85% pelo ProgramaAlentejo 2020, e permitiu recuperar o espaço da antiga Repartição de Finanças, que se encontrava desocupado.
“As empresas podem encontrar aqui todas as condições para iniciarem a sua atividade”, garante o presidente da Câmara, António Anselmo, destacando a aposta na “fixação” de pessoas, o que só será possível através da criação de postos de trabalho.