Lembrando que a A23, que liga Torres Novas à Guarda, “serve principalmente” a cidade de Portalegre e os concelhos a norte do distrito, a UGT diz que, “contrariando outras opiniões que têm vindo a público”, o fim das portagens terá impacto positivo na região.
O acesso entre Portalegre e Lisboa poderá fazer-se por três dias: pela estrada nacional, via Ponte de Sor, pela A6, com entrada em Estremoz, ou pela A23, via Barragem do Fratel. A distância por autoestrada é sensivelmente a mesma, pouco menos de 230 quilómetros, mas o custo é diferente.
“No seguimento da abolição das portagens na A23, quem faça este percurso pela A23/A1 paga sete euros, enquanto quem for pela A6 vai pagar 17,20 euros”, diz a UGT, em comunicado, sublinhando não ser “insignificante uma poupança de 10,20 euros na ida, muito menos 20,40 euros se considerarmos ida e volta”.
De acordo com a central sindical, implementada esta alteração, “avizinha-se o aumento de circulação no IP2/N18 em direção à Barragem do Fratel”, enquanto a região “aguarda pacientemente a alteração aos horários da CP – Comboios de Portugal para servirem verdadeiramente o distrito”.
Já quanto ao aumento do preço das portagens na A6, a UGT de Portalegre diz estar solidária “com a crítica de algumas organizações, como a Turismo do Alentejo ou a Associação Empresarial de Elvas, pois é penalizador para as populações dos concelhos servidos por esta via, como Elvas e os restantes a sul do distrito de Portalegre”.
“Se a A23 foi construída para trazer desenvolvimento ao interior, o mesmo se deve aplicar à A6, e a tendência deve ser, sim, a da redução do seu custo”, conclui.