Segundo a nota, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma que aprova o acordo entre Portugal e Espanha para construir uma ponte internacional sobre o Rio Sever. O acordo foi estabelecido entre os dois países no dia 23 de outubro do ano passado, na XXV Cimeira Ibérica, realizada em Faro.
Nessa cimeira, ambos os países aprovaram a construção de uma outra ponte internacional, sobre o rio Guadiana, entre Alcoutim, no distrito de Faro, e Sanlúcar de Guadiana, na província de Huelva, na Andaluzia espanhola.
Na declaração conjunta então aprovada, os governos dos dois países destacaram a importância de fazer da Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT) “uma ferramenta singular e flexível” e comprometeram-se a reforçar a sua implementação para melhorar a “qualidade de vida” e o “bem-estar das pessoas” das regiões fronteiriças.
“Portugal e Espanha prosseguirão a aposta na promoção dos territórios transfronteiriços” para incentivar “a fixação de populações e a atração de novos perfis demográficos”, através da “melhoria das acessibilidades rodoviárias transfronteiriças previstas” na Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço.
Na altura, foi divulgado que as duas pontes têm garantido financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, encontrando-se os projetos a ser desenvolvidos pela Câmara de Nisa, no caso da ponte internacional sobre o rio Sever (investimento superior a 11,9 milhões de euros), e pela Câmara de Alcoutim, no caso da ponte internacional do Guadiana (investimento de cerca de 13 milhões de euros).
Antes dessa cimeira ibérica, a 16 de outubro, a presidente da Câmara de Nisa, Idalina Trindade, congratulou-se com o avanço do projeto, afirmando esperar que fique concluído até dezembro de 2025. Esta obra, referiu, “é um sonho” que vai trazer para esta região do distrito de Portalegre um “maior incremento” na economia, num contexto de cooperação transfronteiriça.
A ponte sobre o Rio Sever vai incluir mais de 12 quilómetros de vias rodoviárias, que permitirão reduzir 85 quilómetros no percurso que atualmente é preciso fazer por estrada entre as localidades portuguesa e espanhola que vai servir.
A construção desta ponte era uma das principais reivindicações dos autarcas daquela região alentejana.
