Festival Sudoeste: “É uma pena vê-lo desaparecer, para já”

O presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio, no concelho de Odemira, lembrou que o festival Sudoeste implicou “muitos ganhos” na região, afastando “grande impacto” económico direto, este ano, devido à “pausa” do certame.Ainda assim, lamenta, "é uma pena vê-lo desaparecer".

Conforme noticiado pela Alentejo Ilustrado, a pausa foi anunciada pela empresa organizadora.

Ler mais: Pausa para “novo capítulo”. Este ano não haverá Festival do Sudoeste

Em declarações à agência Lusa, a propósito da não realização do festival este ano, o autarca Dário Guerreiro realçou que o Sudoeste, que se realiza desde 1997 na Herdade da Casa Branca, na vila turística de Zambujeira do Mar, “trouxe muitos ganhos” à região.

A vila de Zambujeira do Mar, no concelho de Odemira, passou “a ser vista em Portugal, na Península Ibérica e até no mundo”, o que contribuiu para a afluência de “muitas gerações que não conheciam” esta zona da costa alentejana.

“Acredito mesmo que o Festival Sudoeste foi também um dos fatores de desenvolvimento” e terá contribuído para “o despertar do tecido empresarial desta região”, sublinhou o presidente da junta de freguesia, sublinhando que, “se nos primeiros anos”, o festival “era um fator para trazer pessoas e turistas a esta zona”, tempos houve em que também “funcionou ao contrário”.

“Muitas pessoas não queriam vir para cá na semana do Sudoeste porque havia muita confusão, mas, na última década, a empresa promotora do festival criou condições para que os festivaleiros permanecessem mais tempo dentro do recinto com todas as condições”, acrescentou o autarca, referindo que esta situação retirou “muitas pessoas da localidade e das praias” da região.

Graças à melhoria das condições do recinto, segundo Dário Guerreiro, a Zambujeira do Mar recuperou alguma da sua calma e conseguiu atrair turistas durante a época alta, principalmente na primeira semana do mês de agosto. “Nos últimos anos, no fim de semana do festival, notava-se que havia mais pessoas, mas não tinha nada a ver com o cenário a que assistíamos há 25 anos, em que tudo parava”, recordou Dário Guerreiro, acrescentando que, nesses tempos, “até o combustível acabava”.

Por isso, diz acreditar que “não terá grande impacto direto em termos económicos” a “pausa” do festival este ano.  “É uma pena vê-lo desaparecer, para já, mas acredito que possa voltar nos próximos anos”, frisou.

O Festival Sudoeste não se irá realizar este ano, de acordo com uma nota na rede social Instagram na página do evento, onde é explicado que a pausa será para preparar “um novo capítulo”.

“Em 2025, fazemos uma pausa para prepararmos um novo capítulo. O futuro está à nossa frente e prometemos que vai valer a pena. Até já”, pode ler-se.

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