Alandroal: João Grilo quer esclarecimento “rápido” sobre buscas da PJ

Polícia Judiciária efetuou buscas nos Paços do Concelho. Em causa a aquisição de um terreno por sete mil euros.

Em comunicado, a Câmara de Alandroal refere que está a “colaborar com as autoridades para esclarecimento célere e transparente” do caso, dizendo esperar que as buscas, ordenados pelo Ministério Público, contribuam “para o rápido esclarecimento e encerramento definitivo deste assunto”.

Em causa, refere, está um processo aberto na sequência de uma denúncia anónima visando a aquisição, pelo Município, de um lote de terreno no valor de sete mil euros, lote esse “que já não faz parte” do património municipal

“A Câmara Municipal do Alandroal esclarece que tem colaborado com total transparência, sendo do seu maior interesse e do presidente que a situação seja definitivamente esclarecida com a máxima celeridade, evitando assim a instrumentalização indevida de uma ação essencial para o cabal e definitivo esclarecimento do caso”, refere o comunicado.

Em dezembro de 2023, na sua página de Facebook, o presidente do Município, João Grilo, já se havia referido ao caso. “Em 2011”, escreveu na altura, “uma pessoa comprou um lote de terreno à Câmara Municipal por 7.000 euros. Dez anos depois, não tendo construído, vendeu esse mesmo lote a outra pessoa por 7.000 euros. A segunda pessoa, não tendo também conseguido construir, devolveu à Câmara, em 2023, o mesmo lote pelo valor de 7.000 euros”. 

Ainda nesse texto, João Grilo indica que, durante todos esses anos, a Câmara recebeu dos dois proprietários “os impostos correspondentes”, tendo igualmente aceitado “a reversão ou devolução de lotes de todos os proprietários que manifestaram essa vontade ou necessidade, colocando-os novamente à venda”.

“Toda a gente sabe que nos últimos anos os terrenos valorizaram até 60%. Onde está o esquema? O favorecimento? A negociata? Onde está a falta de transparência? O prejuízo para a câmara?”, interrogava o autarca.

No comunicado distribuído esta quinta-feira, o Município assegura que o processo foi “conduzido com transparência, em sessão pública de Câmara” e “sustentado” por pareceres jurídicos dos serviços municipais e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo. 

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