“É um passo atrás, pois as populações queriam a separação das freguesias e o nosso Presidente da República não olhou ao povo”, diz António Nascimento, eleito pelo PS, que lidera a União de Freguesias que iria ser desagregada no concelho de Aljustrel.
O autarca reagia à decisão do Presidente da República, que vetou, na quarta-feira, o decreto do parlamento que desagrega 135 uniões de freguesias, para repor 302 destas autarquias, colocando dúvidas sobre a transparência do processo e a capacidade de aplicação do novo mapa.
António Nascimento admitiu que, após os partidos terem votado favoravelmente a separação das freguesias [no parlamento], esperava que o diploma “passasse facilmente”, e acrescenta ter ficado “muito magoado” com o veto de Marcelo.
Apesar desta decisão do Chefe de Estado, o presidente da União de Freguesias de Aljustrel e Rio de Moinhos frisou acreditar que ainda será possível o parlamento voltar a votar o decreto para que o processo avance a tempo das eleições autárquicas agendadas para este ano. “É um calendário muito apertado, temos essa consciência, mas não vamos ‘jogar a toalha ao chão’ e vamos continuar a lutar”, afirmou.