Segundo a autarquia, o concurso, com caráter bienal, pretende incentivar a criação de obras de pintura que contribuam para a valorização contemporânea desta área artística, gerando “oportunidades para exposição de obras de artistas emergentes, assim como a sua participação em residências artísticas”.

A organização assumiu que o segundo objetivo principal desta iniciativa consiste na “preservação e divulgação ativa do legado artístico e pedagógico de Dordio Gomes”, artista plástico de “mérito nacional e internacional”, natural de Arraiolos, e que manteve ao longo da sua vida um “forte vínculo” à vila.

O prémio está aberto à participação de artistas com idades entre os 18 e os 40 anos, podendo as regras do concurso ser consultadas na página do município na Internet (www.cm-arraiolos.pt).

O envio das obras em formato digital para uma primeira avaliação vai decorrer entre 16 e 20 de junho e a plataforma digital para envio das obras será anunciada nos habituais canais de informação do Município de Arraiolos.

Os primeiros 20 classificados, segundo os promotores, serão convidados a participar numa exposição coletiva, em Arraiolos, e os três primeiros classificados vão receber prémios. O 1.º classificado, além de receber um prémio de 2.000 euros, vai ter uma exposição individual no Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, cabendo ao 2.º lugar um prémio de 1.000 euros e a frequência de uma residência artística, naquela vila, enquanto o prémio destinado ao 3.º classificado é de 700 euros.

A coordenação artística do concurso está a cargo de José Quaresma, artista plástico e docente na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, sendo o júri constituído por nove elementos, entre os quais artistas plásticos e professores desta área, e historiadores de arte, acrescentou a autarquia. 

Simão César Dordio Gomes nasceu em Arraiolos, em 26 de julho de 1890 e faleceu no Porto, em 12 de julho de 1976. Dordio Gomes iniciou a sua formação académica na Escola de Belas-Artes de Lisboa e foi professor na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, tendo participado em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Entre 1927 e 1932, executou 11 quadros para o Salão Nobre dos Paços do Concelho de Arraiolos.