O Arcebispo de Évora recordou o Papa Francisco como “defensor da paz, tolerância e respeito pelas minorias”, considerando que “só o futuro fará ver e perceber” a sua “grandeza e dimensão visionária” para a Igreja e Humanidade.
Numa nota sobre a morte, esta segunda-feira, do Papa Francisco, o Arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, destacou o Sumo Pontífice como “defensor da paz, da tolerância e do respeito pelas minorias, sempre presente e junto dos mais pobres, excluídos e sofridos”.
“A grandeza da sua coerência e pensamento ainda não é por nós plenamente compreendida e atingida na sua totalidade. Só o futuro fará ver e perceber a grandeza e dimensão visionária deste Papa, quer para a Igreja quer para a Humanidade”, afirmou.
Assinalando a coragem do Papa em anunciar caminhos para “a construção de uma nova Humanidade e para a renovação da Igreja”, Francisco Senra Coelho enalteceu, entre outros acontecimentos, “os seus constantes apelos ao perdão mundial das dívidas dos países pobres e as equitativas amnistias nacionais aos presidiários”.
“A sobriedade destas constatações desenha já o perfil da grandeza profética do pontificado do Papa Francisco”, frisou.
Senra Coelho salientou “o seu sofrimento para renovar e evangelizar a Igreja”, realçando o empenho do Papa em procurar “sarar feridas abertas, cicatrizes mal curadas e traumas que permanecem na História”.
“A sua tenacidade e o seu amor incondicional na luta pela reforma da Igreja merecem de todos nós um compromisso de continuarmos na fidelidade ao seu genuíno pensamento, sem cedências a qualquer tipo de manipulação e pretensão de pensamento único”, acrescentou.
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