Ventura em Elvas diz que “vale a pena arriscar” voto no Chega

O presidente do Chega, André Ventura, questionou no domingo "qual é o papão" de votar no seu partido e pediu aos eleitores que não tenham "medo de arriscar" porque "vale a pena".

“Encontro muitos que têm algum receio de que o Chega possa ganhar. […] Qual é o receio? Qual é o medo? Qual é o papão de pensar que vai ganhar um outro partido que não PS e PSD? Não devia ser assim numa boa democracia, que mudasse, que se refrescasse, que inovasse, que não tivesse medo?”, defendeu.

Denunciando o que considerou serem “os vícios de um país que tinha que se dividir entre PS e PSD”, André Ventura disse que os portugueses “começaram a perceber que há outro [partido] que pode ganhar”.

O líder do Chega discursava no encerramento de um jantar comício em Elvas, no distrito de Portalegre, concelho onde o partido teve a maior percentagem de votos nas últimas eleições legislativas (36,5%). “Talvez tenham medo de arriscar, mas eu acho que vale a pena, porque os melhores anos da nossa história foram os anos em que arriscámos”, sustentou.

André Ventura disse que, se governar Portugal, o país ficará “mesmo diferente daquele das últimas décadas” e pediu que “ninguém vá ao engano” no próximo domingo: “Eu quero ganhar, mas quero ganhar com o voto consciente de cada um, de que se ganharmos nada ficará igual”.

Num discurso de quase meia hora, o presidente do Chega mostrou-se convicto de que terá um “grande resultado em Portalegre”, mas não quantificou uma meta concreta, num distrito que disse ser um dos “bastiões” do partido.

André Ventura considerou que a diferença entre o líder do PSD, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, “é praticamente zero”, e argumentou que o atual Governo em gestão, de PSD e CDS-PP, que tomou posse em abril do ano passado, teve tempo suficiente para aplicar medidas porque “há coisas que não precisam de tempo”.

Ainda com Luís Montenegro na mira, onsiderou que o líder do PSD “se andou a governar” nos últimos anos: “Já que quis sempre governar-se a si próprio, podia sair do caminho e dar-nos a nós a hipótese de pela primeira vez olharmos mesmo para o país e preocuparmo-nos com quem temos à frente, com as reformas”.

Ventura disse também que, se for primeiro-ministro, não nomeará pessoas do Chega para colocar na administração pública.  “Não contem connosco para isso. Não, não é porque não temos quadros, é porque eu estou profundamente convencido que quem tem que gerir uma unidade de saúde, quem tem que gerir uma unidade local de administração pública não tem que ter o cartão do Chega. Tem que ser competente, tem que ser sério, não pode ser corrupto e tem que ser honesto”, salientou.

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