Tribunal manda deter suspeito de homicídio com espada de samurai

Foi detido pela Polícia Judiciária o homem pronunciado por homicídio qualificado, suspeito de ter matado um outro com golpes de espada de samurai, em Montemor-o-Novo. O crime, ocorrido em agosto de 2023, deu-se num retiro ecológico e envolveu extrema violência. O arguido vai aguardar julgamento em prisão preventiva.

O homem pronunciado pelo crime de homicídio qualificado de outro indivíduo, e que terá matado com uma espada de samurai, em Montemor-o-Novo, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) e vai aguardar julgamento em prisão preventiva.

Em comunicado, a PJ revelou que o arguido, de 50 anos, foi detido em Sintra, pela Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora, dando cumprimento a um mandado de detenção emitido pelo Tribunal Judicial da Comarca de Évora.

O homem é suspeito de ter cometido um crime de homicídio qualificado ocorrido em agosto de 2023, na Quinta da Alada, concelho de Montemor-o-Novo. Segundo a PJ, a vítima, de 45 anos, foi “mortalmente atingida com vários golpes com uma espada de samurai, num contexto de grande violência”.

Na altura dos factos, o suspeito foi libertado, mas o Ministério Público (MP) recorreu da decisão. De acordo com fonte policial contactada esta segunda-feira, o arguido ficou em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Lisboa, enquanto decorre o processo judicial.

Em março, o Tribunal da Relação de Évora (TRE) revogou a decisão instrutória que não levava o arguido a julgamento. Num acórdão datado de 11 de março, os desembargadores Fernando Pina, Beatriz Marques Borges e Maria José Cortes aceitaram o recurso do MP e, parcialmente, o de um assistente, determinando que o arguido fosse pronunciado “pelos factos e crime constantes da acusação do Ministério Público”.

O TRE ordenou ainda a correção de lapsos no recurso do MP, acrescentando que “lesões traumáticas [meningo-encefálicas] foram causa direta e necessária da morte” da vítima. Os juízes determinaram igualmente que o arguido aguardasse o julgamento em prisão preventiva.

O caso remonta a 30 de agosto de 2023, quando a vítima se dirigiu à quinta onde funcionava um retiro ecológico, gerido pelo arguido, perto de Cortiçadas de Lavre, para se hospedar.

Segundo a decisão instrutória, nessa manhã, o proprietário encontrava-se deitado no quarto quando a vítima entrou e, após uma troca de palavras, avançou na sua direção com uma faca. O arguido terá conseguido evitar os ataques e munir-se de um sabre.

Pediu então à vítima que abandonasse o local, mas esta voltou a correr na sua direção com a faca. Foi atingida na zona do abdómen com o sabre e ainda retirou a lâmina do próprio corpo. Seguiram-se novos golpes, atingindo o homem no corpo, cabeça e braços, acabando por cair “inanimado e sem sinais aparentes de vida”.

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