Bedajoz: Festival Ibérico recebe Maria Mendes e O Bando de Surunyo

A cantora portuguesa Maria Mendes estreia-se em Espanha na próxima quinta-feira, 5 de junho, no âmbito da 42ª edição do Festival Ibérico de Música de Badajoz, onde apresentará o espetáculo “Saudade, Colour of Love”. O concerto decorre às 20h30 no Teatro López de Ayala, em Badajoz.

Radicada nos Países Baixos desde 2007, Maria Mendes sobe ao palco acompanhada por músicos de referência: Jasper Somsen (contrabaixo), Cédric Hanriot (piano) e Joel Silva (bateria). Os três instrumentistas contam com um percurso sólido no panorama internacional do jazz, tendo colaborado com diversos nomes de relevo e sido distinguidos em vários contextos.

O espetáculo tem por base o seu mais recente álbum, “Saudade, Colour of Love”, onde a artista propõe uma fusão do jazz com o fado, que descreve como “uma reinterpretação do fado com uma linguagem harmónica ousada e improvisação”, segundo o Festival Ibérico de Música.

No disco, Maria Mendes revisita clássicos como “Tudo Isto é Fado”, imortalizado por Amália Rodrigues, e peças do cancioneiro tradicional português, como “Verdes Anos” de Carlos Paredes. Inclui também temas do seu álbum anterior, “Close to Me” (2019), bem como peças instrumentais interpretadas em scat.

Entre estas, destaca-se “Fado para Maria”, uma composição original do multi-instrumentista brasileiro Hermeto Pascoal, que escreveu e ofereceu a obra à cantora após um concerto em Portugal em 2018. O álbum foi reconhecido internacionalmente, integrando a lista de Melhor Álbum de Jazz de 2022 em cinco das principais revistas da especialidade: Downbeat, Jazziz, Jazzwise, Jazzthing e Jazzism.

Nos álbuns “Close to Me” e “Saudade, Colour of Love”, Maria Mendes colaborou com o conceituado pianista e arranjador norte-americano John Beasley, bem como com a Metropole Orkest, orquestra fundada há 75 anos nos Países Baixos, que já trabalhou com artistas como Quincy Jones, Ella Fitzgerald, Snarky Puppy, Jacob Collier e Gregory Porter.

Ao longo da sua carreira, Maria Mendes tem-se apresentado em algumas das mais prestigiadas salas e festivais do mundo, como o Blue Note Jazz Club (Nova Iorque), Concertgebouw (Amesterdão), North Sea Jazz Festival, Montreux Jazz Festival, SESC Pompeia (São Paulo), Centro Cultural de Belém e Casa da Música (Porto). Foi ainda a primeira artista portuguesa a ser cabeça de cartaz no Blue Note Jazz Club em Nova Iorque.

Os bilhetes para o concerto de Maria Mendes encontram-se disponíveis na bilheteira e no sítio oficial do Teatro López de Ayala, com preços de 15 euros (plateia) e 10 euros (anfiteatro). A entrada é gratuita para os membros da Sociedad Filarmónica de Badajoz.

De ‘O Bando de Surunyo’ a Kenneth Weiss

Além da estreia de Maria Mendes, o Festival Ibérico de Música recebe ainda, no dia 4 de junho, na Igreja de La Concepción, o agrupamento português O Bando de Surunyo, especializado em música do Século de Ouro. Sob direção de Hugo Sanches, o grupo apresentará o programa “Ũa enselada ibérica”, dedicado às ligações musicais históricas na Península Ibérica.

O festival conta também com a presença do cravista nova-iorquino Kenneth Weiss, que interpretará “A Arte da Fuga” de Johann Sebastian Bach no dia 6 de junho, no Convento de Las Descalzas. A soprano Carmen Solís e o pianista Rinaldo Zhok encerram o festival a 9 de junho, com um recital na sede da Diputación de Badajoz.

No dia 8 de junho, o Teatro López de Ayala acolhe o concerto familiar “Pedro y el Lobo”, uma versão encenada da célebre obra de Sergei Prokofiev, concebida pela Anam Camerata e pela companhia de palhaços e artes cénicas Asaco Producciones, com direção de Jorge Yagüe.

No âmbito do XV Festival Jovem, a secção dedicada a jovens intérpretes, atuarão os percussionistas Iván Baños Blans (7 de junho, em Villanueva del Fresno) e David Lara Tena (8 de junho, em Alconchel).

O Festival Ibérico de Música é organizado pela Sociedad Filarmónica de Badajoz e conta com o apoio da Junta de Extremadura, da Diputación de Badajoz, da Câmara Municipal de Badajoz, do Consulado de Portugal em Sevilha e do Instituto Camões.

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