O novo curso, refere a academia, visa dotar quadros técnicos e dirigentes públicos de competências avançadas para enfrentar os desafios da administração pública contemporânea.
Coordenado por Paulo Neto, docente do Departamento de Economia da UÉ e responsável pela Unidade de Monitorização de Políticas Públicas (UMPP), o curso compreende 120 horas de formação, distribuídas por 27 módulos, num modelo híbrido que articula sessões presenciais e online. “Queremos oferecer uma formação performativa, completa e flexível, que permita aos participantes cocriar soluções e aproximar os cidadãos da vida pública”, afirmou o coordenador.
Entre os temas centrais estão a governação pública, a capacitação institucional, o desenho e a avaliação de políticas públicas e a sua aplicabilidade prática. “Este curso nasce da necessidade de dotar os quadros técnicos e dirigentes de ferramentas adequadas a ambientes cada vez mais voláteis e exigentes”, sublinhou ainda Paulo Neto.
Durante a sua intervenção, o economista destacou dois marcos da atividade formativa e de investigação da Universidade: os 15 anos do mestrado em Políticas Públicas e Projetos e os 11 anos da Unidade de Monitorização de Políticas Públicas. “É essencial aproximar os cidadãos da vida pública e mostrar-lhes o impacto das suas decisões. A ciência que produzimos tem de dialogar com todos”, frisou.
A sessão ficou também marcada pela assinatura do protocolo “Liderança Executiva na Administração Pública”, entre a UÉ e o Instituto Nacional de Administração (INA), reforçando a articulação entre a academia e a administração pública.
Para Hermínia Vasconcelos Vilar, reitor da Universidade, este protocolo simboliza “a vontade de partilhar e refletir sobre as práticas de governação”.
Já Luísa Neto defendeu que a colaboração entre instituições de ensino superior e a administração pública deve ser intensificada, sublinhando que “existem dados na administração que precisam de ser tratados e que podem constituir a base para resolver problemas reais”.
A presidente do INA insistiu na centralidade do cidadão nas políticas públicas: “São essas políticas que reconstroem a confiança na decisão pública. A quem servem os nossos pensamentos e reflexões? Ao cidadão. Esse deve ser o nosso foco”.
Com o lançamento do novo curso e a formalização do protocolo com o INA, a Universidade de Évora diz estar a “reforçar a capacidade técnica e o compromisso cívico na administração pública”, acrescentando que “a aposta em conhecimento aplicado, diálogo entre a academia e a prática administrativa e foco no cidadão revela uma visão de governação mais inclusiva e inovadora, capaz de responder aos desafios atuais e fortalecer a confiança na gestão pública”.