“É preciso explicitar porque razão até agora ainda não está o meio aéreo alocado e vamos esperar pela resposta do Governo”, disse José Luís Carneiro aos jornalistas, antes de uma sessão de apresentação da sua candidatura à liderança do PS com militantes socialistas do Baixo Alentejo.
Na terça-feira, os autarcas dos municípios de Grândola, Ourique e Moura, alertaram para a falta de meios aéreos de combate a incêndios e apelaram a uma solução urgente.
A colocação de helicópteros nos centros de meios aéreos destes três concelhos alentejanos (um em cada concelho) estava prevista para o dia 01 deste mês, no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) de 2025, o que acabou por não acontecer.
Segundo José Luís Carneiro, “é muito importante que o Governo dê resposta a essa necessidade, que está identificada por vários responsáveis desta região”.
Para o candidato a secretário-geral do PS, que foi ministro da Administração Interna entre 2022 e 2024, “num momento em que as temperaturas estão a apertar e a humidade está a diminuir, em que os riscos de incêndio aumentam, é muito importante ter um meio aéreo para dar maior operacionalidade às forças que combatem os incêndios”.
Por isso, acrescentou, “é muito relevante que o Governo possa explicitar o que está a fazer para responder a esta necessidade do território”.
Na sequência do alerta lançado pelos autarcas, a Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal criticou a “contínua” falta de helicópteros nos concelhos de Grândola e Ourique e exigiu a “colocação imediata” de meios aéreos operacionais para combate aos incêndios rurais.
Também a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alentejo Litoral contestou, na quarta-feira, o “atraso de 18 dias” na colocação de meios aéreos de combate a incêndios em Grândola e Ourique, acusando o Governo de colocar “em risco um vasto património florestal”.