Em declarações aos jornalistas, em Ourique, antes de entrar para uma sessão de apresentação da sua candidatura a secretário-geral do partido, o dirigente socialista afiançou que a atenção do PS deve estar nas eleições autárquicas. “Aquilo que eu defendo é o interesse do Partido Socialista e, para mim, o interesse do PS, neste momento, defende-se afirmando como primeira prioridade as eleições autárquicas”, disse.

Segundo o candidato, “é aí que está o grande alicerce do Partido Socialista para o futuro”, até porque as eleições autárquicas serão já “em setembro, outubro” e as presidenciais só serão em janeiro de 2026. “Nós temos que evitar, digamos, queimar etapas, como eu tenho dito, para manter as nossas prioridades, os nossos recursos, a nossa energia concentrada onde ela deve estar nesta fase”, argumentou.

Questionado sobre notícias que têm saído nos órgãos de comunicação social nas quais há quem defenda que o PS deve tomar desde já um posicionamento sobre o candidato que vai apoiar nas presidenciais, José Luís Carneiro lembrou que, no seu partido, há quem defenda “coisas diferentes e coisas diversas”.

Nas declarações aos jornalistas, antes da sessão com militantes da Federação do Baixo Alentejo do PS, no Auditório da Biblioteca Municipal Jorge Sampaio, na vila de Ourique, o candidato a secretário-geral manifestou-se convicto de que os socialistas “vão voltar a ser, mais breve do que tarde, a grande força motriz de desenvolvimento” do país.

Instado sobre se seria importante para o PS conseguir conquistar mais câmaras, José Luís Carneiro argumentou que, se o PS mantiver as que já tem, isso já significará “um grande resultado”. Mas – acrescentou – “o objetivo é termos mais votos e termos mais câmaras e mais juntas de presidência na noite das eleições autárquicas”.

O encontro com os militantes, apesar de ter sido divulgado na agenda oficial do candidato a secretário-geral do PS e os jornalistas terem recebido um convite da parte da Federação Regional do Baixo Alentejo do partido, decorreu à porta fechada.