Em Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja, o novo secretário-geral do PS reconheceu que o seu partido, “naturalmente”, enfrenta nestas eleições autárquicas “uma exigência muito forte”. “Nós temos mais de 50 presidentes de câmara que não se podem recandidatar às suas funções, porque estão no limite dos 12 anos de serviço autárquico”, disse.
Na deslocação a esta vila alentejana, o líder do PS foi questionado sobre uma notícia do jornal “Público”, que refere que o PSD “fecha mapa autárquico com aposta forte nas grandes cidades” e tem como objetivo ganhar a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Sobre se o PS admite perder esta ‘batalha’ pela ANMP, que atualmente lidera, José Luís Carneiro lembrou que o PS “tem 148 câmaras” que governa sozinho e, “depois, tem mais quatro [nas quais] em coligações ou no apoio a um movimento independente [neste caso a de Batalha]”, enquanto “o PSD, com coligações com vários partidos, tem 114”.
Por isso, apesar de mais de 50 presidentes de município do PS não se poderem recandidatar, “os portugueses que estão lá em casa sabem bem que os autarcas do Partido socialista são uma garantia, uma garantia de confiança”.
“São a melhor garantia de futuro” e “de esperança em políticas que equilibrem o crescimento da economia e a criação de oportunidades, a criação de emprego, com a justiça social, com a inclusão”, sublinhou.
Questionado também sobre o que seria um bom resultado para o PS nas autárquicas, José Luís Carneiro limitou-se a traçar: “é termos mais votos para as assembleias de freguesia, mais votos para as câmaras municipais e mais votos para as assembleias municipais”.
“Essa é a meta, é a fasquia que o PS coloca para as eleições autárquicas”, argumentou.
E sobre se o socialistas admitem algum tipo de coligação para as autárquicas, José Luís Carneiro, disse que o PS “concorre como partido que tem candidatos autárquicos em todo o país”, mas, onde e quando estruturas locais assim o entendam, tal pode ser considerado.
“Onde as estruturas locais, concelhias e federativas, entendam que tem fundamento, é útil e pode contribuir para servir melhor os eleitores, não deixaremos de ponderar e avaliar essas propostas”, afirmou.
Em relação à região de Beja, distrito onde pertence Ferreira do Alentejo, cuja Universidade Popular o secretário-geral do PS ficou hoje a conhecer, mas também referindo-se a todo o Alentejo, José Luís Carneiro defendeu a aposta em eixos de desenvolvimento, como mais o Alqueva, Sines, o aeroporto de Beja e o futuro Hospital Central em Évora, sem esquecer a importância das acessibilidades rodoviárias.