Trabalhadores dos CTT em Évora voltam à greve contra novo modelo de distribuição

Os trabalhadores dos CTT afetos à área do Código Postal de Évora voltam a fazer greve ao segundo período de trabalho, entre segunda-feira e dia 18, contra o novo modelo de distribuição postal.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Eduardo Rita, os trabalhadores voltam à greve por considerarem que alguns problemas não foram resolvidos. “Apesar de a empresa estar a fazer ajustes e alterações” ao novo modelo de distribuição que implementou na área do Código Postal (CDP) de Évora, “ainda não está tudo resolvido”, afirma.

Convocado pelo SNTCT, afeto à CGTP, esta paralisação parcial acontece praticamente um mês depois de uma outra, também por causa do novo modelo de distribuição postal.

Eduardo Rita refere que os CTT – Correios de Portugal já procederam a alguns ajustes em Évora, dando como exemplo a integração no quadro de dois trabalhadores e o reforço do serviço de distribuição com “alguns contratados a termo”, mas diz que não existiram alterações “aos giros”, prometidos pela empresa, designadamente “criar mais dois giros e alterar o modelo de distribuição para outro que se chama segmentado e que é mais prático”.

Quanto aos atrasos que se verificam nas entregas de correio, o dirigente sindical garante existir “menos serviço acumulado”, sublinhando tratar-de de uma questão que a empresa terá de resolver “o mais rápido possível, porque já teve bastante tempo para ver que este sistema não funciona”.

Segundo Eduardo Rita, a greve ao segundo período de trabalho corresponde ao tempo da tarde, que tem duas horas e 48 minutos.

Aquando da greve anterior, os CTT confirmaram que estavam a implementar um novo modelo de distribuição postal na região de Évora, com vista a melhorar o serviço ao cliente e reforçar a qualidade. “Como é natural nestes processos, a distribuição tem registado alguns constrangimentos, fruto do processo de adaptação a este novo modelo”, justificou então a empresa, prevendo, na altura, regularizar os problemas nas semanas seguintes.

Conforme noticiado pela “Alentejo Ilustrado”, em meados de junho, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), e a Assembleia Municipal, através de uma moção, protestaram contra os atrasos na distribuição de correio no concelho e exigiram aos CTT a reposição da regularidade e qualidade do serviço.

A greve parcial que começa na segunda-feira foi decidida num plenário de trabalhadores, realizado no dia 09 de junho, como resposta aos problemas existentes no local de trabalho provocados pela implementação do novo projeto de distribuição.

Os trabalhadores exigem que a empresa proceda às alterações necessárias para repor a normalização do CDP de Évora, o reforço de trabalhadores contratados, horários de trabalho adequados às tarefas e o aumento de giros necessários para um serviço de qualidade.

Partilhar artigo:

ASSINE AQUI A SUA REVISTA

Opinião

Caro? O azeite?

BRUNO HORTA SOARES
É p'ra hoje ou p'ra amanhã

PUBLICIDADE

© 2025 Alentejo Ilustrado. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.

Assinar revista

Apoie o jornalismo independente. Assine a Alentejo Ilustrado durante um ano, por 30,00 euros (IVA e portes incluídos)

Pesquisar artigo

Procurar