Fonte da associação revela que o projeto será concretizado entre os dias 20 de julho e 30 de agosto e contará com a participação de 24 voluntários. As intervenções a realizar incluem reparação de paredes, pinturas interiores e exteriores, trabalhos de eletricidade e canalização, bem como substituição de mobiliário, entre outras ações adaptadas a cada situação.
O investimento global está estimado em 53.622 euros, dos quais 35 mil serão assegurados pelo Município de Estremoz. De acordo com o protocolo entre as duas entidades, o objetivo final é “fomentar a promoção da dignidade habitacional de famílias carenciadas do concelho de Estremoz”.
Nos termos do acordo, serão beneficiárias diretas famílias residentes no concelho que vivam em situação de precariedade habitacional e que não disponham de capacidade financeira, própria ou através de financiamento externo, para aceder a uma habitação condigna no mercado ou candidatar-se a programas públicos de habitação.
Cada intervenção aprovada será considerada um “Projeto de Intervenção”, a cargo da Just a Change, sendo que a associação terá a responsabilidade exclusiva pela coordenação e direção técnica das obras, podendo recorrer a voluntários, técnicos contratados ou subcontratados, colaboradores de empresas no âmbito de programas de responsabilidade social ou ainda a entidades parceiras.
A Câmara de Estremoz sublinha que “a habitação é um direito fundamental constitucionalmente consagrado, assumindo-se como um dos mais relevantes instrumentos de coesão social e inclusão, alicerce para a satisfação de necessidades básicas dos cidadãos, a partir do qual se constroem as condições que lhes permitam aceder aos demais direitos funda- mentais, como a educação, saúde, a proteção social e o emprego”.
A autarquia destaca ainda que “os Municípios têm por objetivo primordial a prossecução dos interesses próprios e comuns dos respetivos munícipes, detendo atribuições nos domínios da ação social e habitação”, sublinhando a relevância de “entidades privadas e o denominado terceiro setor” como parceiros fundamentais na resposta a situações de vulnerabilidade económica e habitacional.
Com presença já afir- mada no Alentejo, a Just a Change já desenvolveu projetos de voluntariado em concelhos como Alandroal, Santiago do Cacém, Sines e Odemira. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos criada há cerca de 10 anos e cuja missão consiste em promover obras de reabilitação em casas de famílias carenciadas.
“Acreditamos que condições de vida têm um impacto direto na redução da pobreza e criminalidade da população”, diz fonte da associação, segundo a qual as intervenções visam também proporcionar melhorias à saúde pública e à eficiência energética do país. “Reabilitamos casas porque sabemos que pode ser esse o ponto de partida para uma nova vida”.
Ao longo dos anos, a Justa a Change já realizou mais de 700 intervenções em edifícios, incluindo casas de família (cerca de 500) e instituições sociais, tendo beneficiado cerca de 14 mil pessoas, dos quais 900 residentes em casas particulares e 13 mil utentes de instituições de apoio social, mobilizando mais de 26 mil voluntários.