De acordo com a comandante das operações de combate ao incêndio, Maria João Rosado, às 11h00 o fogo encontrava-se em conclusão, salientando que já “não existe qualquer tipo de chama ativa” em todo o perímetro.
“Mantemos, contudo, para já e se a situação continuar favorável, até ao final da tarde de hoje, um efetivo ainda superior a 200 operacionais no terreno”, adianta.
Segundo a também comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central, os operacionais que se mantiverem no terreno vão fazer “a monitorização e alguns trabalhos de consolidação de rescaldo” ao longo da tarde.
“Não está identificado qualquer tipo de ponto crítico que requeira uma atenção especial e também não existem aglomerados populacionais ou alguma habitação isolada ainda em risco”, sublinha.
Já o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, assinala que “um conjunto grande de pequenos e médios agricultores foi muito afetado pelo incêndio”, tendo-se perdido “muitas pastagens, culturas, muitas pessoas ficaram sem as cercas e os animais tiveram que ser levados”.
O autarca assinala que o fogo também provocou danos numa central solar fotovoltaica, desconhecendo, para já, a dimensão dos prejuízos nesta infraestrutura.
“Algumas estruturas agrícolas foram desfeitas, mas as primeiras habitações salvaram-se todas e foi um trabalho excecional das equipas, que evitaram que as localidades, sobretudo Terena, Hortinhas e Alandroal, fossem afetadas”, acrescenta João Grilo que, questionado sobre a contabilização dos prejuízos, garante que esse trabalho já começou a ser feito pelas várias autoridades com o apoio do Município, escusando-se, para já, a apontar estimativas.
Cerca das 11h30, uma fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Central indicou que, a essa hora, as operações no terreno ainda mobilizavam 263 operacionais, apoiados por 95 veículos e um helicóptero de reconhecimento.
Fotografia | Francisco Colaço/D.R.