Metáforas visuais de Pedro Cabrita Reis numa exposição em Reguengos de Monsaraz

Quinze pinturas e três esculturas da autoria de Pedro Cabrita Reis, “um dos mais prestigiados artistas contemporâneos portugueses”, vão estar expostas no concelho de Reguengos de Monsaraz, a partir desta sexta-feira.

Em comunicado, o Município de Reguengos de Monsaraz indicou que a mostra, intitulada “Paisagem, Figura e Natureza Morta”, vai poder ser visitada, até 05 de outubro, na biblioteca municipal da sede de concelho e na Igreja de Santiago, na vila medieval de Monsaraz.

Lembrando que Pedro Cabrita Reis é considerado “um dos mais prestigiados artistas contemporâneos portugueses”, a autarquia precisou que vão estar patentes ao público “14 pinturas a óleo sobre tela, uma a óleo sobre ‘dibond’ e três esculturas de parede da série ‘Natura Morta’”, sendo o trabalho mais antigo de 2020 e o mais recente de 2025. 

A “complexa obra” do artista é caracterizada “por um idiossincrático discurso filosófico e poético”, englobando “uma grande variedade de meios, nomeadamente a pintura, escultura, fotografia, desenho e instalações compostas de materiais encontrados e de objetos manufaturados”. 

“Cabrita Reis utiliza materiais simples e submete-os a processos construtivos, recicla reminiscências quase anónimas de gestos e ações primordiais repetidas no quotidiano”, refere a mesma fonte, lembrando que as obras do artistas “estão centradas em questões relativas ao espaço e à memória e adquirem um sugestivo poder de associação que, transpondo o visual, alcançam uma dimensão metafórica”.

Pedro Cabrita Reis explicou que gosta de levar o que faz ao interior do país. “Agrada-me a ideia de expor em lugares fora dos grandes centros urbanos e esta exposição em Reguengos é disso testemunho”, frisou, acrescentando: “Estes lugares obrigam-me a pensar noutra maneira de mostrar o meu trabalho e de proporcionar que pessoas que não conhecem o que faço o possam descobrir, assim numa velha igreja e numa biblioteca”.

Pedro Cabrita Reis nasceu em Lisboa, em 1956, cidade onde vive e trabalha. De acordo com o município alentejano, a partir de meados da década de 1980, o seu trabalho tornou-se crucial para o entendimento da escultura. 

Durante a sua carreira, o artista participou em diversas exposições internacionais, nomeadamente nas bienais de São Paulo e de Veneza, e expôs também as suas obras em Londres, Roma, Rio de Janeiro, Hamburgo, Toronto, Nova Iorque, Madrid, Berlim, Paris, São Paulo e Chicago, entre outras cidades. 

Em 2024, apresentou “atelier”, uma exposição retrospetiva da sua obra, que reuniu cerca de 1.500 peças produzidas ao longo de 50 anos de carreira.

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