Em declarações aos jornalistas após uma visita às obras, o autarca de Évora, Carlos Pinto de Sá, salientou que a variante é “uma aspiração velha de Évora e do Alentejo”, porque “resolve uma parte do problema da mobilidade e retira trânsito” da cidade.
“É uma obra para o desenvolvimento futuro de Évora e do Alentejo, criando um ambiente de mobilidade muito favorável ao desenvolvimento económico e, naturalmente, de toda a comunidade”, afirmou.
Pinto de Sá falava no final de uma visita às obras da Variante Nascente a Évora do IP2, que estão em curso desde novembro de 2024 e que envolvem um investimento de 54,9 milhões de euros com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Antes da visita, no estaleiro do empreiteiro, o gestor da obra, José Luís Faleiro, e o diretor de Empreendimentos da Infraestruturas de Portugal (IP), Paulo Tavares, apresentaram o projeto e responderam a dúvidas da comitiva municipal.
Seguiu-se uma visita de automóvel à futura variante, que ligará o Nó de Évora Nascente da Autoestrada 6 (A6) à Estrada Nacional 18 (EN18), onde foi possível observar a construção de viadutos e pontes, assim como trabalhos de mobilização de terras ou terraplenagens.
Nas declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara de Évora elogiou os trabalhos em curso e congratulou-se por estarem a ser cumpridos os prazos da empreitada: “A obra, em princípio, estará concluída em abril do próximo ano, antes [do início] da Capital Europeia da Cultura [que decorre em 2027], o que permitirá também, desse ponto de vista, melhorar as acessibilidades a Évora”.
O autarca indicou como principais vantagens da futura variante a melhoria das acessibilidades na região, sobretudo entre Norte e Sul, mas também com Espanha e Lisboa, devido à ligação que vai ter com a A6, e ainda dentro de Évora.
Com o IP2 a atravessar atualmente o centro da cidade, referiu, Évora é ‘palco’ para passagem permanente “de centenas de carros pesados, talvez milhares, por dia”. Mas, entre pesados e ligeiros, haverá, “no mínimo, de 11 a 13 mil viaturas” a atravessarem a cidade.
Portanto, acrescentou, com a variante, “uma boa parte deste tráfego será retirada, em particular o tráfego pesado, o que será melhor até para as próprias empresas que usam carros pesados de mercadorias, mas também para os carros ligeiros”.
Com conclusão prevista para abril de 2026, a Variante Nascente a Évora do IP2, cuja empreitada conta atualmente com 300 trabalhadores, terá quase 13 quilómetros de extensão e perfil de autoestrada.
Ao longo do traçado da futura variante, de acordo com a IP, serão construídas três interligação com a rede viária existente e ainda oito passagens superiores, duas delas sobre linhas ferroviárias. A construção desta variante foi retomada no final de 2024, depois de ter sido suspensa em 2011, devido à crise