No voto de pesar aprovado em plenário, o antigo autarca socialista, que morreu aos 79 anos no passado dia 9 de julho, é recordado pela sua “ação determinada na melhoria das condições de vida das populações, com especial enfoque na expansão de serviços essenciais, como a água canalizada e o saneamento básico”.
António José Bastos Leitão foi o primeiro presidente da Assembleia Municipal do Crato depois da Revolução dos Cravos, ocupando o cargo entre 1976 e 1979, e, posteriormente, presidente da autarquia cratense, sendo, por isso, sublinhado o seu “papel decisivo no processo de afirmação democrática local após o 25 de Abril”.
O autarca é lembrado como uma “figura marcante da vida autárquica e cívica do Crato” e por ter lançado as “bases de equipamentos públicos” e impulsionado o “desenvolvimento local através da promoção cultural e turística”, com destaque para a criação do Festival do Crato.
O socialista foi também adjunto do Governador Civil de Portalegre durante uma década, com uma intervenção política e cívica, escreve o PS, “marcada por um profundo respeito pela democracia, por uma postura de diálogo e por um forte sentido de justiça social” que lhe “granjearam o apreço transversal da população e dos seus pares”.
“Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu pesar pelo falecimento de António José Leitão, homenageando a sua vida ao serviço da causa pública e de compromisso com o desenvolvimento do concelho do Crato e da região, endereçando à família enlutada, aos amigos e a toda a população do Crato as mais sentidas condolências”, lê-se no pesar.
