Em comunicado, o Município, gerido pelo PSD, indicou que a recolha de assinaturas começou esta manhã e prolonga-se até 07 de agosto, realçando que a iniciativa vai passar por todas as localidades do concelho e também por Vendinha, no de Évora.
De acordo com a presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, Marta Prates, agora que a equipa médica do centro de saúde ficou completa, com sete médicos de família, o Município pode “avançar para o passo seguinte”.
“E o passo seguinte” – refere – “é reivindicar junto do Governo, no caso do Ministério da Saúde, a abertura de um SUB a funcionar 24 horas, porque não fazia sentido darmos este passo sem a equipa completa, já que não conseguiríamos fazer a escala”.
Marta Prates lembra que, quando tomou posse, em 2021, a Unidade de Saúde Familiar (USF) Remo, a funcionar na cidade, tinha “apenas dois médicos de família para cerca de 11 mil utentes inscritos” e as extensões de saúde do concelho estavam fechadas.
“Então, a primeira coisa que fizemos foi reforçar a equipa”, frisou, explicando que os sete médicos que atualmente exercem na USF Remo beneficiam de um incentivo financeiro de mil euros por mês atribuído pelo Município.
Com a equipa médica completa, assinalou, a autarquia pediu pareceres sobre a criação do SUB à Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC), que gere os centros de saúde do distrito, e ao coordenador da USF Remo, que foram positivos. “O que faz sentido para quem nos deu os pareceres é que em Reguengos de Monsaraz funcionaria um SUB 24 horas para servir os utentes do eixo” constituído por este concelho e pelos de Portel e Mourão, sublinhou.
A autarca lembra que o número de utentes inscritos no concelho “já é considerável” e que a população deste eixo territorial está a uma distância de cerca de 40 quilómetros da urgência do hospital de Évora e ainda mais do SUB de Estremoz. “Há utentes destas zonas que recorrem à urgência do hospital de Évora” e, com a criação de um SUB em Reguengos de Monsaraz, “também seria uma forma de aliviar” a principal unidade de saúde da região, defendeu.
Quanto ao abaixo-assinado, a presidente do Município revelou que, esta manhã, na aldeia de Perolivas, foram alcançadas mais de 150 assinaturas em duas horas. “Estamos em crer que, até este dia 07 [de agosto], e, depois, com mais uma sessão extraordinária que faremos no Salão Nobre [dos Paços do Concelho], possamos atingir milhares de assinaturas, que queremos levar ao Ministério da Saúde”.
A autarca revelou ainda que já pediu uma audiência ao secretário de Estado para a Gestão da Saúde, Francisco Rocha Gonçalves, acrescentando que aguarda uma resposta ao pedido.