“Não podem ser leis feitas à pressa. Portanto, aplaudo a iniciativa do Presidente da República. Tantas vezes discordei dele, desta vez acho que ele agiu bem”, afirmou António José Seguro, em declarações aos jornalistas em Évora.
Assinalando que esta lei trata de “matéria sensível”, o candidato presidencial defendeu que, neste caso, as alterações a introduzir “devem ser feitas com equilíbrio e em respeito dos valores civilizacionais”. E um desses valores, acrescentou, “é a família. Por isso, devem ser envolvidas todas as instituições e todos os atores, para que possam dar contributos”.
António José Seguro disse aguardar que “os atores políticos aprendam com este gesto do Presidente da República”, esperando que a lei, após passar pelo Constitucional, “possa ser objeto de maior envolvimento, porque a comunidade só tem futuro se for coesa”.
“Recomendo muita prudência, muita serenidade e, sobretudo, que se olhe para os nossos valores matriciais, que estão na Constituição, e qualquer lei deve obedecer e deve respeitar esses valores”, sublinhou.
O candidato presidencial também comentou a decisão do Governo de não reconduzir para um segundo mandato Mário Centeno, como governador do Banco de Portugal, e a indigitação do economista Álvaro Santos Pereira para o cargo. “Não está nos poderes do Presidente da República interferir nesse processo e não me vou referir a personalidades, mas noto que há uma tendência para pôr todos os ovos no mesmo cesto e a democracia precisa de equilíbrio”.
Na ocasião, António José Seguro anunciou ainda o investigador e professor da Universidade de Évora Miguel Bastos Araújo como mandatário distrital da sua candidatura à Presidência da República.