O reforço do “patrulhamento de visibilidade” será feito até “o perigo de incêndios o justificar”. De acordo com fonte da Guarda, será intensificada a vigilância “nos locais em que o risco previsto seja elevado, muito elevado e máximo, com o intuito de prevenir a ocorrência de comportamentos de risco e de incêndios rurais”.
Mais de 60 concelhos estão hoje em perigo máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), alguns dos quais no distrito de Portalegre. Segundo o IPMA, em alguns locais as temperaturas poderão, nos próximos dias, rondar os 40 graus ‘celsius’. O perigo de incêndio rural vai manter-se nestes níveis pelo menos até ao final da próxima semana.
A GNR apela ainda a população a adotar comportamentos seguros, nos espaços florestais e agrícolas, nos dias de risco de incêndio muito elevado e máximo, e pede que se evite fazer queimas ou queimadas, fogueiras, lançar foguetes e balões de mecha acesa, fumigar ou desinfestar apiários e a circulação de tratores, máquinas e veículos de transporte pesados sem extintor.
Na sexta-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) também já tinha alertado para a proibição de queimadas extensivas e do uso de motorroçadoras.
Desde 01 de janeiro até 21 de julho, a GNR fez mais de 28 mil patrulhas no âmbito da vigilância e deteção de incêndios rurais, que resultaram na detenção de 29 pessoas pelo crime de incêndio florestal e ainda na identificação de 458 suspeitos. Também foram registados 3.678 incêndios rurais, os quais resultaram em 11.539 hectares de área ardida provisória.
“Do total de incêndios investigados pela GNR, no que diz respeito às suas causas, 35% são devidos ao uso negligente do fogo (queimas, queimadas, entre outros), 22,5% são causas indeterminadas, 21,5% são devidos a incendiarismo, 13,3% devem-se a causas acidentais (transportes e comunicações), 5,9% são derivadas de reacendimentos, 1,3% são causas naturais e 0,5% devem-se a causas estruturais (caça e uso do solo)”, salienta a mesma fonte.
A GNR recordou que, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção ambiental e dos animais, ressalvando que a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) pode ser utilizada para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.