Santiago do Cacém: Ventura insiste em comissão de inquérito aos incêndios

O líder do Chega, André Ventura, assegurou que vai avançar com a comissão de inquérito aos incêndios desde 2017, apesar de PSD e PS defenderem a criação de uma comissão técnica independente.

“Acho que damos um sinal ao país, dizer que não temos medo de fazer esta comissão de inquérito. Serão chamados aqueles que tiverem de ser chamados, tenham sido governantes, tenham sido dirigentes dos ministérios da Administração Interna, Proteção Civil, todos os que tenham responsabilidade”, afirmou.

Ventura falava aos jornalistas, em Santiago do Cacém, à margem de uma iniciativa de recolha de alimentos para os animais afetados pelos incêndios no norte e centro do país, promovida pelo Chega com o apoio de produtores locais.

“Não vamos permitir que fique a ideia no ar de que alguém tinha medo de fazer esta investigação, de que o Parlamento tinha medo de fazer esta investigação”, salientou, prometendo apresentar um requerimento potestativo, de caráter obrigatório, para forçar a constituição da comissão.

Durante esta ação em Santiago do Cacém, André Ventura respondeu ainda ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que classificara como “um ultraje aos bombeiros” um vídeo do Chega a circular nas redes sociais sobre os incêndios.

“Acho que o Paulo Rangel é o último que pode falar de vídeos para as redes sociais. Acho que era mesmo boa ideia que o Paulo Rangel não falasse de vídeos para as redes sociais”, disse, em tom irónico.

Relativamente à posição do PSD, que considerou a iniciativa “despropositada e inútil”, Ventura rejeitou as acusações de populismo e demagogia.

“Aqueles que não querem investigar nada, acham sempre que quem quer está a ser populista ou demagógico. Agora aqui está o Chega a dizer [que] vamos investigar isto até ao fim, vamos recomendar que vá para a cadeia quem tiver de ir, apurar responsabilidades de quem tiver que ser”, declarou.

Questionado sobre as críticas do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que acusara o Chega de ter “descoberto dez dias depois o que estava a acontecer ao país”, Ventura respondeu lembrando que “o PS demorou oito anos”.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: Arquivo/D.R.

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