Évora: Residência universitária prevista no PRR não vai avançar

O Governo revela que não avançará o projeto de conversão da antiga Messe dos Sargentos, em Évora, em residência universitária, apesar de o projeto constar do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

Em resposta a uma pergunta do Grupo Parlamentar do PCP, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação esclarece que, embora o projeto tivesse sido incluído entre as candidaturas aprovadas, a sua concretização acabou inviabilizada.

Segundo a tutela, entre as candidaturas aprovadas no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), incluía-se o projeto do Antigo Clube dos Sargentos, propriedade do Ministério da Defesa Nacional, que previa a realização de obras para disponibilizar 41 camas a estudantes da Universidade de Évora (UÉ).

Contudo, acrescenta a mesma fonte, “segundo informação prestada pela UÉ, não terá sido possível chegar a acordo, em sede de pré-candidatura, entre o Ministério da Defesa e a Universidade para a transferência da titularidade do imóvel, o que impossibilitou a realização do projeto” nos prazos do PRR, ou seja, até final do próximo ano.

Apesar do fracasso desta operação, o Governo lembra que a Universidade de Évora dispõe já de financiamento para a requalificação de três residências estudantis, num total de 388 camas: a Residência Bento de Jesus Caraça (25 camas), a António Gedeão (291) e a Manuel Álvares (72).

Para dar resposta imediata às dificuldades de alojamento, o Executivo acrescenta ainda que foi lançado o programa “Alojamento Estudantil Já”, que mobiliza camas da Fundação Inatel e das Pousadas de Juventude, além de apoiar as instituições de ensino superior na celebração de protocolos com entidades públicas, privadas ou do sector social. 

Nesse âmbito, acrescenta, no próximo ano letivo, a Universidade de Évora “poderá disponibilizar aos seus estudantes 90 camas adicionais”. 

Na resposta aos deputados comunistas, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação garante acompanhar “de forma sistematizada a concretização dos projetos desenvolvidos pelas instituições de ensino superior”, acrescentando que o sucesso da execução do PNAES “depende de uma ação coordenada e eficiente entre todas as partes envolvidas”.

Já a deputada comunista Paula Santos, na pergunta endossada ao Governo, referia serem “muitas” as necessidades de alojamento estudantil público em Évora, uma vez que “os preços praticados pelos arrendamentos privados são demasiado elevados para que se possam constituir como uma resposta adequada às necessidades identificadas”.

Texto: Alentejo Ilustrado | Fotografia: Arquivo/D.R.

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