Em comunicado, onde faz o balanço dos resultados eleitorais, o PCP acusa ainda o partido liderado por André Ventura de ter “construído” um discurso “a partir da mentira e da demagogia mais abjecta, que foi objetivamente alimentada pela política de direita de sucessivos governos”, assente numa “dimensão reacionária, xenófoba e racista”.
Já numa análise ao resultado da CDU no distrito, onde não só não conseguiu recuperar a representação parlamentar como foi ultrapassada pelo Chega na lista dos partidos mais votados, a Dorev do PCP reconhece ter-se tratado de um “desenvolvimento negativo, em linha com os resultados nacionais”, o que diz colocar “maiores exigências à intervenção do PCP e à luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo”.
Os comunistas explicam o resultado eleitoral por um “prolongado enquadramento caracterizado pela hostilidade e menorização, pela continuada falsificação de posicionamentos do PCP para alimentar preconceitos anticomunistas e estreitar o seu espaço de crescimento, pela promoção de forças e conceções reacionárias, pelo favorecimento mediático de outras forças políticas e por uma forjada disputa entre dois candidatos a primeiro-ministro com o objetivo de reduzir a escolha a opções semelhantes, branquear responsabilidades e esconder soluções e políticas alternativas”.