O vereador Alexandre Varela é taxativo: “o que existia antes das obras que estão em curso vai-se manter integralmente até ao entroncamento anterior ao restaurante A Gruta”. A partir daí a circulação automóvel passará a ser feita através de uma única faixa. Segundo o autarca, o projeto das obras previa a criação de uma bolsa de estacionamento que será suprimida “para não colocar problemas” à circulação automóvel.
O que muda, referiu Alexandre Varela, será a largura das faixas de rodagem, que irão ficar mais estreitas em cerca de um metro, sendo adotado o perfil de via existente na Avenida Dinis Miranda. O objetivo é “procurar uma acalmia” na velocidade.
Dezenas de comentários enviados por leitores à redação da Alentejo Ilustrado ao longo das últimas semanas criticam as “longas filas” de trânsito que a determinadas horas se registam na zona do Rossio de São Brás. “Fui buscar o meu filho à escola e aquilo estava uma pandemónio, uma fila enorme que começa no local onde as duas faixas passam a uma. Ainda por cima, quem vem da escola perde a prioridade”, diz um dos leitores. Outro, António Letras, descreve uma situação idêntica: “É de perder a paciência, nem nos dias de mercado havia tanta confusão”.
“O afunilamento de [trânsito] que se tem registado tem a ver com a obra, e apenas com a obra. Vão manter-se as duas faixas de rodagem, mais estreitas, até ao cruzamento da Rua da República e, portanto, não se prevê que haja de futuro constrangimentos nesta zona”, reforçou o presidente da Câmara, Carlos Pinto de Sá, insistindo que a redução na largura das duas faixas de rodagem, concluídas as obras, se destina a forçar “uma rodagem mais lenta” dos carros.
“Dá a sensação que só ficará uma faixa de rodagem dada a existência de uma proteção da obra e para os peões, de facto neste momento existe apenas uma faixa de rodagem, mas serão duas”, assegurou ainda Carlos Pinto de Sá, aproveitando para revelar que Câmara está a preparar uma intervenção na Rua da Horta das Figueiras, “talvez a de maior trânsito na cidade” e sujeita a “constrangimentos” ao longo de vários períodos do dia, “A ideia será criar três grandes rotundas, não obrigando os carros a parar de cada vez que mudam de direção”, revelou o autarca, ressalvando que esta intervenção “está a ser estudada”, pelo que ainda não há uma proposta final.
Sublinhando que depois do entroncamento entre a Rua do Rossio e a Rua da República se irá manter “apenas uma via”, o vereador social-democrata Henrique Sim-Sim criticou o agravamento dos problemas de mobilidade: “Estamos com um estrangulamento muito grande na cidade, temos de encontrar soluções, estamos a criar graves problemas de circulação”.