Em declarações aos jornalistas disse que “não há outro certame igual” e foi taxativo: “a Ovibeja puxe pelo Alentejo e por Portugal”.
Na visita à feira, acompanhado pelos responsáveis da entidade organizadora, a ACOS, puxou pelas questões agrícolas, alertando para a necessidade de “acelerar a execução” do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), uma das reivindicações dos agricultores. Trata-se do programa europeu de financiamento ao setor até 2027.
Na verdade, os atrasos na execução constituem uma das razões de queixa dos agricultores. A que se soma a necessidade, defendida pelas organizações do setor, de uma “revisão” do programa. A que Marcelo não será insensível, ao afirmar que o PEPAC terá de ser “ao nível das expectativas criadas”.
Recordando que o PEPAC e as secas, cada vez mais severas e prolongadas, constituem “duas das grandes preocupações” dos agricultores, o Presidente da República disse serem necessárias “novas soluções” para combater a escassez de recursos hídricos: “é um problema global”.
Sobre a situação política, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o mundo “está a viver um momento grave, complicado e imprevisível”, com as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente e com as eleições europeias em junho e as norte-americanas no final do ano, defendendo “um esforço para a estabilidade” política em Portugal. Dito de outra forma, apelou a que “se vá trabalhando” para haver estabilidade das políticas públicas, “saber como vai ser daqui a dois, três meses ou a um ano”.
Ainda assim, sublinhou, “este não é o momento” do Presidente da República. “Agora é o momento das forças políticas, das que atuam no Parlamento, é o momento eleitoral para as eleições do Parlamento Europeu. O Presidente tem de acompanhar o que se passa lá fora e cá dentro, e desejar que lá fora corra melhor do que tem corrido e cá dentro se vá trabalhando, na medida do possível, para haver estabilidade e previsibilidade”.