Licenciado numa universidade italiana em arqueologia paleocristã, Artur Goluart (à esquerda na fotografia) foi agora distinguido com o Prémio SOS Azulejo, atribuído anualmente pelo Museu da Polícia Judiciária numa parceria que envolve diversas instituições, entre as quais as Faculdades de Letras e de Belas Artes da Universidade de Lisboa, a Universidade de Aveiro e a Associação Nacional de Municípios Portugueses.
O júri decidiu atribuir a Artur Goulart um prémio extraconcurso “pelo mérito e relevância do seu trabalho continuado na valorização e divulgação do património cultural português, incluindo o património azulejar”.
A residir em Évora desde 1979, desempenhou funções de técnico superior do Museu de Évora até 1992, exercendo o cargo de diretor até 1999. Entre outros trabalhos, Artur Goulart foi coordenador do Inventário do Património Artístico Móvel da Arquidiocese de Évora e, nesse âmbito, da publicação de 18 volumes dos concelhos inventariados, sendo autor dos projetos museológicos do Museu de Arte Sacra de Elvas (2000) e do Núcleo da Igreja de São Francisco, em Évora (2016).
Além de numerosa colaboração dispersa, publicou em 2010 o livro de poesia No Fio das Palavras e em 2021 lançou Açores e Alentejo no Mesmo Barco, onde reúne quase cinco dezenas crónicas, espalhadas por outros tantos anos, pedaços do tempo e da memória.
No âmbito do mesmo concurso, o Grande Prémio SOS Azulejo foi atribuído ao trabalho global “Monforte Sacro”, levado a cabo pela Câmara e pela Santa Casa da Misericórdia de Monforte.