Cultourwine é já no dia 15. Estremoz promove turismo e vinho

O Cultourwine estará de regresso, a 15 de junho, ao Museu Berardo de Estre- moz. Dias depois, a cidade será palco de um congresso internacional para debater narrativas patrimoniais sobre a viticultura romana.

Primeiro foi a escolha de cinco municípios de Serra d’Ossa, Estremoz incluído, como Cidade do Vinho 2025. Depois, trêsvinhos da Serra d’Ossa ficaram entre os quatro melhores do Alentejo, no concurso promovido pela Confraria dos Enófilos.Agora, a aposta nos vinhos prossegue com o regresso do Cultourwine ao Museu Berardo, entre as 11h00 e as 19h00 do próximo sábado, dia 15 de junho.

Em prova estarão vinhos de 12 adegas do concelho. Não são todas, mas quase: da Adega do Monte Branco, que este ano está a assinalar os 20 anos de existência, às Herdades das Servas, do Pombal, dos Casarões e dos Outeiros Altos, sem esquecer clássicos como João Portugal Ramos, Dona Maria Wines, Miguel Louro ou Quinta do Carmo.

Confirmadas estão também as presenças da Tiago Cabaço Winery, Howard’s Folly e Aliestre Vineyards, projeto que se iniciou quando o alemão Carsten Kullik se cruzou em Estremoz com Luís Louro: “Estamos no momento certo, no lugar certo”.

A iniciativa, claro, é promover os vinhos e o enoturismo do concelho. A que se juntarão os produtos regionais, da SEL – Salsicharia Estremocense e da Salsicharia Borralho, a apresentação do livro “Alentejo de Honra”, de José Calado, pelas 17h00, a atuação do Grupo de Cante Alentejano “Os da Boina” e atividades para crianças.

Diz o Município de Estremoz que este “é um evento que pretende unificar a cultura ao vinho, proporcionando a todos os visitantes, uma experiência memorável num espaço magnífico, com a possibilidade de conhecimento e degustação de vinhos de Estremoz de referência”. O custo de entrada é de 3,5 euros.

Na próxima semana, dias 20 e 21 de junho, as provas dão lugar à reflexão histórica e cultural, com o congresso “Criando narrativas patrimoniais sobre a viticultura romana: Arqueologia, Inovação e Transferência do Conhecimento”, já com a presença confirmada de diversos académicos portugueses e estrangeiros.

A ideia é debater as melhores práticas de transferência de conhecimento desde os estudos académicos e investigação científica, debatendo o modo como os produtores podem incorporar conhecimento nas estratégias produtivas. “Procuramos reinterpretar técnicas e modelos tradicionalmente associados à viticultura romana, debatendo metodologias e ferramentas para o seu estudo e apresentando modelos de boas práticas na vitivinicultura contemporânea”, refere a organização, a cargo da Universidade de Évora e do Município de Estremoz, com diversos apoios institucionais, incluindo as Universidades de Cádis e de Coimbra e o MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento.

“A vitivinicultura”, lembra a mesma fonte, “constitui uma das atividades económicas centrais no sector agrícola, pela capacidade de gerar mais valias na valorização do produto”, tendo-se acentuado uma tendência de “revalorização dos conhecimentos adquiridos”, seja através da produção de vinhos “ecológicos” ou na recuperação de técnicas e heranças tradicionais e prévias à industrialização.

“Este esforço de incorporação de saberes na produção atinge agora os conteúdos técnicos e preceitos da Antiguidade clássica, valorizando o vinho no seu posicionamento de mercado”, contextualiza a organização, sublinhando que “outra tendência vincada constitui a valorização de sítios arqueológicos de época romana que se encontram nos domínios de produção, alcançando públicos interessados no enoturismo”.

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