A proposta de alteração à lei orgânica já tinha sido rejeitada, tanto pelos vereadores do Movimento Independente por Estremoz (MiETZ) como pela vereadora da Coligação Estremoz com Futuro, liderada pelo PSD. Mas voltou a constar da ordem de trabalhos de uma reunião extraordinária da Câmara marcada para a manhã desta quarta-feira.
Face à ausência desde logo anunciada do vereador Nuno Rato (MiETZ), o Executivo liderado pelo PS estava em condições de conseguir fazer aprovar a proposta uma vez que em igualdade de votos (três vereadores do PS e três da oposição) o presidente da Câmara poderia desempatar recorrendo ao chamado “voto de qualidade”.
A única forma de travar a aprovação da proposta, rejeitada pela maioria dos vereadores, seria a não realização da reunião, for falta de quórum, ou a não votação deste ponto, por idêntico motivo. Ao início da manhã, tanto a vereadora da Coligação Estremoz com Futuro, Sónia Ramos, como a vereadora Maria Rita Laranjo (MiETZ) justificaram as ausências, respetivamente por “motivos imprevistos” e por “motivos de saúde”.
Além dos três eleitos pelo PS, a sessão contou apenas com a presença de um vereador da oposição, Joaquim Crujo (MiETZ), que desde logo anunciou a intenção de se ausentar da sala aquando da votação deste ponto.
Numa declaração de voto, Joaquim Crujo adiantou que a proposta levada à sessão extraordinária “acrescenta seis novos sectores” aos serviços municipais, não tendo sido apresentados “dados nem relatórios que justifiquem a necessidade de reestruturar e criar estes sectores, quer a nível financeiro, quer logístico”.
Ainda de acordo com Joaquim Crujo, a proposta acarreta um “significativo impacto financeiro” no Município, “que não se justifica a cerca de um ano e pouco de eleições, condicionando os futuros mandatos”.