António Cândido Franco: “Agradeço ao júri ter-se lembrado do meu trabalho”

Poeta, ensaísta e professor na Universidade de Évora, António Cândido Franco foi distinguido com o Grande Prémio de Literatura Biográfica, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE). É um dos prémios literários mais prestigiados do país. Luís Godinho e Júlia Serrão (texto)

“Aceito este prémio agradecendo antes de mais ao júri ter-se lembrado do meu trabalho”, disse António Cândido Franco, depois de saber que a APE lhe iria atribuir o Grande Prémio de Literatura Biográfica, no valor de 12.500 euros, pela publicação de “O Firmamento é Negro e Não Azul – A Vida de Luiz Pacheco”, editado pela Quetzal.

António Cândido Franco diz ainda receber este prémio “sem qualquer ilusão de que tenha sido feito justiça aos muitos poetas deste país que continuam no mais completo esquecimento, por vezes em condições monetárias muito difíceis, a trabalhar arduamente na escrita” e na edição literária. “Para eles vai a minha palavra solidária”, acrescentou.

Na ata, o júri fundamenta a sua escolha destacando pela “notável capacidade criativa da escrita do biógrafo, pelo aprofundado desenho da invulgar e marginal personalidade do biografado, paradigma do escritor maldito na literatura portuguesa contemporânea e, não menos importante, pela documentadíssima reconstrução do contexto político, social e cultural, sobretudo do meio literário, desde a transição para o Estado Novo até aos tempos recentes da democracia”.

Coordenado por José Manuel Mendes, o júri foi constituído por Ana Margarida de Carvalho, António Pedro Pita e CândidoOliveira Martins. “Esta biografia é também uma maneira de dar seguimento ao magnetismo com que o meu biografado me atraiu desde recuada idade”, escreveu.

Professor e investigador da Universidade de Évora, com um doutoramento sobre a obra de Teixeira de Pascoais, António Cândido Franco, além da biografia de Luiz Pacheco, é também autor de diversas outras, das mais antigas, como “Vida de Sebastião, Rei de Portugal” ou “A primeira morte de Florbela Espanca”, às mais recentes, como “O Estranhíssimo Colosso: Agostinho da Silva” ou “O Triângulo Mágico: Mário Cesariny”. É também autor de uma vasta obra poética e ensaística.

Partilhar artigo:

edição mensal em papel

Opinião

PUBLICIDADE

© 2024 Alentejo Ilustrado. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.

Assinar revista

Apoie o jornalismo independente. Assine a Alentejo Ilustrado durante um ano, por 30,00 euros (IVA e portes incluídos)

Pesquisar artigo

Procurar