Numa pergunta apresentada ao Ministério da Saúde, os deputados comunistas referem que apesar de estarem colocados dois médicos no Centro de Saúde de Alvito estes não se encontram “a tempo completo” e, somados os dois horários, “não perfaz o que um” a tempo completo.

Nos dois polos desta unidade de saúde [Alvito e Vila Nova da Baronia] encontram-se inscritos 2369 utentes, na sua maioria idosos e “com um nível de dependência bastante elevado carece de mais cuidados de saúde”.

Os deputados citam a informação disponível do Portal do Serviço Nacional de Saúde, segundo a qual Alvito dispõe de dois médicos de família, e sublinham que isso “seria suficiente para assegurar os cuidados à população caso a totalidade do seu horário fosse a tempo completo”. 

O problema é que esses médicos “não estão em templo completo”, uma vez que o polo de Alvito funciona de terça a quinta-feira das 9h00 às 13h00 e às terças e quartas também das 14h00 às 17h00, ou seja, num total de 18 horas semanais. E o de Vila Nova da Baronia está a funcionar com atendimento médico às quartas e sextas-feiras, das 08h00 às 13h30 e das 14h30 às 15h30, o que perfaz 12 horas semanais.

“Considerando ambas as informações, a carga horária de atendimento médico é manifestamente insuficiente para responder às necessidades da população, pois o horário dos dois médicos somados não perfaz o horário de um médico”, refere o PCP, sublinhando que a população “tem manifestado muitas dificuldades em aceder às consultas médicas”.

Na pergunta enviada ao Ministério da Saúde, os deputados comunistas querem saber que medidas serão tomadas “para resolver esta clara falta de médicos” no concelho de Alvito e questiona se o Governo “não entende que está a deixar a população desprotegida”.