A Direção Nacional da PSP avança à Alentejo Ilustrado que no âmbito da operação “A Solidariedade Não Tem Idade – A PSP com os Idosos”, lançada no dia 27 de julho, foram sinalizados nove idosos em situação de risco no Alentejo.
Deste total, um idoso era alvo de crime reiterado e cinco vítimas de “falta de autonomia”. Os outros três casos referem-se a idosos vítimas daquilo que a PSP descreve como um “quadro cínico grave a exigir acompanhamento médico imediato”, exclusão social completa e ausência de rede de contactos.
A mesma fonte lembra que esta operação de cariz preventivo, a decorrer até ao próximo dia 27 de setembro, é realizada anualmente, sobretudo através dos agentes afetos às Equipas de Proximidade e Apoio à Vítima (EPAV).
“O seu principal objetivo”, prossegue, “é intensificar o contacto direto e o diálogo com a população mais idosa (+65 anos), visando a deteção, tão precoce quanto possível, de casos de fragilidade social, vulnerabilidade física e/ou psíquica e suspeitas de crimes contra a integridade física, bem como a promoção do apoio imediato e necessário através de respostas concertadas com as entidades parceiras”.
A nível nacional já foram sinalizados 530 idosos, 54 por sus- peita de serem vítimas da prática reiterada de crimes e 279 por se encontrarem em condições de risco social.
De um modo geral, lembra a PSP, os idosos, “pelas suas limitações de locomoção e fragilidades psíquicas, tornam-se vítimas preferenciais” em relação a crimes contra o património (como roubos ou burlas), contra a liberdade pessoal (ameaça ou sequestro) e contra a integridade física, aqui se incluindo os casos de agressões, violência doméstica ou maus-tratos, entre outros.
A mesma fonte lembra ainda que a estas vulnerabilidades somam-se pontualmente outras, como as de cariz económico, “materializadas em frágeis condições de habitação, higiene e saúde”, além da “sensação de abandono e do flagelo social do isolamento”, situação que se verifica não apenas a nível de locais isolados, mas também nas cidades.
Tudo isso, refere a PSP, sem “um círculo familiar e/ou de vizinhança ativo e solidário”, o que potencia as “situações de anonimato que inviabilizam eventuais intervenções de cariz assistencial, podendo mesmo, por vezes, culminar na morte do idoso”.
Assim, no âmbito desta operação, os agentes policiais procuram “recolher indícios que apontem para algum destes indicadores de risco, informação essa que posteriormente é partilhada com as entidades parceiras com capacidade de intervenção neste domínio, instituições locais de apoio/assistência social ou serviços médicos, salvaguardando as áreas de intervenção próprias de cada uma”.
PULSEIRAS ENTREGUES
Outro dos apoios possíveis é a entrega de pulseiras de segurança ao abrigo do programa “Estou Aqui Adultos”, iniciado em 2015 numa parceria da PSP com a Fundação Altice, e que já abrange 53 idosos residentes no Alentejo.
Destinada a pessoas com potencial de perturbação da referenciação espácio temporal, esta ferramenta de segurança permite “promover o reencontro célere da pessoa aderente com a respetiva família ou instituição de apoio”. Desde o início do programa a PSP já promoveu o reencontro com as suas famílias de 84 pessoas que se encontravam perdidas ou desorientadas.