“É muito importante”, diz a professora Maria da Luz, “que os alunos estejam sensibilizados para a negligência dos Direitos Humanos nos tempos que correm”. E eles, alunos e alunas, compareceram para o cordão humano realizado na Praça da República, em Beja, para defender a paz.
Para a docente, uma das responsáveis pelo projeto “Fazer dos Direitos Humanos uma Realidade”, desenvolvido pela Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, trata-se de “dotar” a comunidade escolar de competências em matéria de cidadania e desenvolvimento.
“Confesso que esta iniciativa foi quase como uma sopa da pedra”, refere Maria da Luz, lembrando que a ideia embrionária era fazer uma iniciativa simbólica, depois foram convidadas outras escolas parceiras e só em cima da hora houve a noção de que estariam envolvidas cerca de 450 jovens, desde alunos do pré-escolar a estudantes do secundário.
“De início não pensámos ser possível algo deste dimensão, o balanço é muito positivo”, resume a docente, destacando a importância de iniciativas como esta face ao “contexto duma escalada de guerra, em que existem populações fragilizadas e em situação de crise humanitária”. Na Praça houve balões brancos, canções, poemas… apelos à paz em tempo de guerras.
Ao longo deste ano, a Escola Bento de Jesus Caraça organiza três momentos para relembrar os Direitos Humanos. Ao primeiro, realizado esta sexta-feira, Dia Mundial da Paz, com o cordão humano, seguir-se-á, a 20 de novembro, a celebração da Declaração dos Direitos da Criança, numa parceria com a Associação Mundos de Vida.
Por último, a 10 de dezembro, será assinalado o Dia dos Direitos Humanos, integrando a “Maratona de Cartas”, da Amnistia Internacional, o maior evento de ativismo do mundo, durante o qual são analisados casos onde ocorreu a violação dos ditos direitos e subscritas petições em defesa das vítimas.