“A Andreia Guerreiro tem-me acompanhado ao longo dos anos” – Gonçalo Valente

Gonçalo Valente, presidente do PSD/Beja, não vai apoiar publicamente nenhum dos dois candidatos à liderança da distrital. Equidistância é palavra de ordem. Mas em entrevista à Alentejo Ilustrado lembra que Andreia Guerreira o tem “acompanhado ao longo dos anos”. Ana Luísa Delgado (texto)

Nem Andreia Guerreiro, nem Pinela Fernandes. O ainda presidente do PSD/Beja não vai expressar publicamente apoio a qualquer das candidaturas à liderança da distrital. “Vou manter-me equidistante devido às funções que exerço atualmente como deputado, vou ter de trabalhar com todos e todos me apoiaram ao longo do tempo”, diz Gonçalo Valente à Alentejo Ilustrado.

Sendo “equidistância” a palavra de ordem, Gonçalo Valente lembra que, pela primeira vez, há uma mulher a disputar a liderança da distrital. “Foi uma pessoa que me acompanhou ao longo dos anos, é conhecido o seu pensamento político, tal como o do Pinela Fernandes”, sublinha o dirigente social-democrata, acrescentando que Andreia Guerreiro poderá trazer ao partido “novos hábitos, novas práticas… é inédito uma mulher concorrer à liderança da distrital, desse ponto de vista é uma candidatura disruptiva que poderá, se os militantes assim o entenderem, vir a acrescentar valor ao que é o partido atualmente”.

Impedido pelos estatutos de se candidatar a um terceiro mandato como presidente do PSD/Beja, Gonçalo Valente diz que o balanço dos últimos anos “é positivo”, desde logo pela eleição de um deputado social-democrata pelo distrito de Beja, numas eleições “muito difíceis”, jogadas num terreno onde o PS tinha obtido 43% dos votos e marcado pela ascensão do Chega, que também viria a eleger um deputado. Curiosamente, nessas eleições de março, ao cabeça-de-lista do PSD por Beja, Gonçalo Valente, seguia-se… Andreia Guerreiro.

“O caminho que temos vindo a seguir está correto. Há muito ainda por fazer, mas acredito que no curto ou médio prazo o PSD irá assumir uma posição melhor e com uma dimensão superior à atual”, refere.

Quanto aos desafios da próxima liderança, Gonçalo Valente enumera desde logo o trabalho político para “fazer aprovar” o Orçamento do Estado, a par da preparação do “combate autárquico” do próximo ano

“Vamos querer disputar câmaras, vamos querer aumentar o número de eleitos nas autarquias”, diz Gonçalo Valente, assegurando que  irá deixar funções “com o sentimento do dever cumprido”.

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