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Poesia “boémia” de Melingo à conquista do castelo de Monsaraz

É um dos destaques da edição deste ano do Monsaraz Museu Aberto, que se aproxima do final: o argentino Melingo sobe esta noite (23h00) ao palco instalado no castelo da vila medieval para um concerto que antece a sua participação no Músicas do Mundo, em Sines. Francisco Alvarenga (texto) e Alfredo Srur (fotografia)

As origens do tango remontam ao final do século XIX, numa Buenos Aires habitada por imigrantes em busca de fortuna, muitos deles solitários, deambulando por uma noite violenta, mas também cheia de encantos. Melingo, por vezes apontado como “o mais noturno dos artistas” argentinos, nasceu em 1957 no Parque Patricios, um bairro de Buenos Aires cheio de tangos e milongas. 

Clarinetista, cantor-narrador, ator, compositor, estudou música clássica e ópera, apaixonou-se pelo jazz, transformou-se num punk rocker, regressou ao tango. Há quem o defina como “irmão espiritual de Paolo Conte, Tom Waits e Nick Cave”. Estará esta noite em Monsaraz, dentro de dias em Sines, com a sua a “poesia boémia e vagabunda das margens do rio La Plata”.

Sendo o ponto alto deste penúltimo dia do Monsaraz Museu Aberto, até lá chegarmos haverá uma programação intensa que se inicia pelas 17h00 na Igreja de Santiago com a palestra “Terra e Território com Monsaraz ao Fundo”, pelo geógrafo Jorge Gaspar. 

Uma hora depois, junto ao forno comunitário, repete-se a oficina do pão, sendo que pelas 19h00, já com temperatura mais convidativa, inicia-se um “percurso ilustrado” que levará os caminhantes por Monsaraz, S. Sebastião e Casa do Cante. Uma caminhada com Isidro Pinto e mestre Tavares, que ainda antes do jantar incluirá um recital do afegão Ustad Fazel Sapand, mestre do loud e da harmónica. A propósito de jantar, este será especial, acompanhado com as modas do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz.

Ao pôr do sol (19h30), junto ao cromeleque do Xerez, haverá uma aula de yoga, numa iniciativa promovida pelo Áshrama Évora Dhyána.

Antes de Melingo, haverá tempo para apreciar a arte dos Delrevés, uma companhia de dança vertical fundada em Barcelona por Saioa Fernández e Eduardo Torres e que iniciou o seu percurso artístico em meados de 2007. 

Ao longo destes anos construiu uma sólida carreira internacional, apresentando o seu trabalho por todo o mundo, apostando “numa nova visão da dança vertical, com uma linguagem própria e inovadora”. O início está marcado para as 22h00 na torre de menagem do castelo de Monsaraz.

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