Acessibilidades e saúde são prioridades para nova presidente do PSD/Beja

Andreia Guerreiro é a nova presidente da Distrital de Beja do PSD. Em entrevista à Alentejo Ilustrado aponta a melhoria das acessibilidades e dos serviços de saúde como prioridades para a região. Ana Luísa Delgado (texto)

Poucas horas antes da abertura das urnas para as eleições no PSD/Beja, um dos candidatos da Lista B, liderada por Andreia Guerreiro, confessava à Alentejo Ilustrado que o resultado seria “incerto”, desde logo porque o candidato adversário, Pinela Fernandes, levava “clara vantagem” na concelhia de Beja.

Contados os votos, Pinela Fernandes ganhou, de facto, as eleições na capital de distrito, mas o triunfo de Andreia Guerreiro na distrital foi claro: 60,3% (181 votos) para a comissão permanente, contra 36,3% (109 votos) da Lista A. Aos 45 anos, técnica superior no Município de Almodôvar e militante do partido desde 2020, Andreia Guerreiro tornou-se na primeira mulher a presidir à distrital de Beja do PSD.

Se a nível interno, o “fortalecimento das bases” e a preparação das autárquicas do próximo ano estão no topo da agenda da nova presidente, as linhas para o debate político começam também a ficar definidas, com as acessibilidades e a saúde a serem temas prioritários.

Garantindo que o Governo “está atento” aos problemas do distrito, a presidente do PSD quer ver “terminadas” as obras do IP8, canceladas aquando da intervenção da ‘troika’, e que a ligação à rede de autoestradas “seja finalmente uma realidade pois irá marcar a diferença, não só ao nível das oportunidades de investimento no território, também em torná-lo mais atrativo” para a fixação de pessoas. “É muito importante terminar o IP 8, é muito importante a acessibilidade à autoestrada A2, sem as quais acabamos por ser discriminados em relação do resto do país”, sublinha.

Neste conjunto de questões, Andreia Guerreiro quer igualmente ver resolvida “a questão da utilização” do Aeroporto de Beja, designadamente através da adoção de um “projeto” para determinar o futuro desta infraestrutura. “O aeroporto está a ser cada vez mais utilizado, o que é excelente, mas as vias de comunicação têm de ser terminadas o quanto antes e isso é uma das maiores preocupações. É preciso agilizar esse processo de forma a conseguirmos resolver o problema da acessibilidade, assim como as vias ferroviárias terem de ser repensadas para dar resposta às necessidades das pessoas”, resume.

Quanto à saúde, a dirigente do PSD/Beja lembra que o hospital distrital “precisa urgentemente de uma série de resoluções”, tanto ao nível de médicos como de infraestruturas. “É uma grande preocupação nossa, partilhada pela própria ministra da Saúde que já demonstrou estar muito atenta aos problemas do Hospital de Beja”, conclui.

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