Agricultores de Grândola enviam feno para zonas devastadas pelo fogo

A Associação de Agricultores de Grândola está a enviar cerca de 90 toneladas de alimento para animais, em oito camiões, para apoiar os agricultores do Centro e Norte do país afetados pelos incêndios que devastaram vastas áreas de pastagem.

Esta ajuda alimentar ao animais nas zonas afetadas pelos incêndios surge depois de um ofício enviado pela Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) a apelar à solidariedade do movimento associativo.

Em resposta, os agricultores da região de Grândola conseguiram reunir, “numa primeira fase”, oito camiões com ajuda alimentar, diz o presidente da Associação de Agricultores de Grândola, Luís Rodrigues Dias. “A CAP lançou a iniciativa e nós, como das outras vezes, também aderimos, falámos com os associados e, [na] medida do possível, conseguimos reunir, numa primeira fase, estes oito camiões”, acrescenta.

Segundo o dirigente, o primeiro camião saiu hoje de manhã em direção ao distrito da Guarda, estando ainda prevista a saída de “mais dois” camiões durante a tarde desta quinta-feira. Os restantes camiões, indicou, vão saindo “a pouco e pouco” nos próximos dias, “numa modesta ajuda àqueles que estão neste momento em grandes dificuldades”.

“Eventualmente, outros podem ir para outras zonas, depende agora das solicitações e da forma como a logística for sendo organizada, mas o importante é que esta ajuda chegue a quem está a precisar”, acrescenta. A ajuda alimentar, refere, “pode variar um bocadinho, mas podem ser 70, 80 a 90 toneladas”.

“Há camiões que levam um bocadinho mais, outros levam um bocadinho menos, há fardos [de feno] que são mais pesados e outros que são menos, mas andará à volta destes números”, precisou Luís Dias.

A CAP lembra que os incêndios “que estão a afetar as comunidades rurais e a consumir vastas áreas de pastagem”, constituem “um grave problema para muitos agricultores”. E, nesse sentido, apelou à “disponibilidade para ajudar na alimentação dos animais ameaçados” pelos incêndios no norte e centro do país, “sendo a distribuição desta ajuda articulada com as associações e com as câmaras municipais” das zonas afetadas.

O incêndio que teve origem em Arganil, na freguesia do Piódão, no dia 13, há mais de uma semana, mantém-se em curso e atingiu outros seis concelhos do interior Centro: Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã, Fundão e Castelo Branco (distrito de Castelo Branco), queimando mais de 40 mil hectares.

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