As campanhas terminaram. As eleições também. Resta o trabalho a sério. Campanha com mais sinergia, foi da AD. Inegavelmente motivada por uma dinâmica de vitória, crença e alegria.
No entanto a vitória sorriu a Carlos Zorrinho, mais que ao PS. Cuja campanha pretendeu demonstrar o diálogo estrutural no tecido sócio profissional eborense, esquecendo-se da força da comunicação que, inábil, lhe ia custando a presidência da câmara.
Foi o estatuto do candidato socialista que lhe garantiu o êxito, não a comunicação nem o programa. Porventura, uma semana mais e esvaía-se.
Por meros 156 votos.
Lembro que o IL obteve 252 votos. E relembro que a coligação AD vencedora em Beja, continha a IL. Porque razão excluíram os liberais em Évora? É a verdadeira resposta para a derrota de Henrique Sim-Sim, que fez uma excelente campanha comunicacional, perdendo em cima da linha de chegada.
A CDU perdeu, não só a edilidade como um vereador. Apesar de ter um grande candidato na frente da sua lista, que tudo fez para ganhar. Não fosse isso, talvez tivesse tido uma derrota humilhante, sem eleger vereador algum. Aguenta-se graças a duas vincadas personalidades: João Oliveira e Alexandre Varela
O Chega optou por uma comunicação nas redes sociais, objetivando a juventude e personalidade de Ruben Migueis com irreverência e muito humor. Ganhou um vereador. O que significa que deixa de ser um voto de protesto, para ser de afirmação.
O Bloco de Esquerda não descola. Apesar da seriedade no trabalho dos seus membros locais, e do candidato Pedro Ferreira em particular, não conseguem roer o eleitorado da CDU. Nem os abstencionistas.
O grande derrotado da noite foi o Movimento Cuidar de Évora, vítima de si próprio. Pode apenas responsabilizar a sua líder e seguidores por se fecharem num incompreensível exercício de “nombrilismo”, sem futuro.
Resta o trabalho. Que se exige seja de diálogo e partilha de responsabilidades, entre todos os eleitos. Liderados por Carlos Zorrinho, e pela Associação Évora 27, que deverá ser aproveitado para virar a página do imobilismo ao qual estamos colados.











