Em Portugal como na Europa, atrasados como é usual, os migrantes chegaram em peso e a extrema-direita também subiu em flecha. É um facto multiplicado, por cada estado europeu. Fechar os olhos a esta evidência, é fechar os olhos, andando no rebordo de um precipício.
Atenção: refiro uma migração que recusa integrar-se na nossa sociedade atual, e quer importar os estigmas sociais, religiosos, dos seus países de origem.
A economia precisa da migração? Enquanto houver gente no desemprego, a minha resposta é não. As empresas precisam dos migrantes para os explorar como uma nova escravatura. Surpreendentemente a esquerda tolera estas condições, e defende a vinda de comunidades migrantes, onde a mulher ainda é tratada como um ser abaixo do homem. Diria, abaixo de cão. Inexplicável.
Acusando tudo e todos de racistas e de xenofobia, a extrema-esquerda defende a franja de portugueses mais racistas, que se mantém em Portugal: a comunidade cigana, que também são portugueses, e não se reduzem a ser ciganos. Têm direitos sim, mas também têm deveres, como nós todos. E todos sabemos como é…
Esta é a lenha, o combustível para atear a fogueira.
A extrema-esquerda vive perdida na penumbra do PREC, poetas de “a luta continua”, sem perceber que estamos em 2025 e não 1975.
O PS do Pedro, leitão da Bairrada e companhia foi atrás destas narrativas, imagine-se, tornando-se contra as comemorações do 25 de novembro, quando em 1975 foi o próprio Mário Soares e o PS quem mais lutaram contra o totalitarismo comunista em Portugal. Inexplicável.
Pois bem, o povo português explicou-lhes isto tudo, nas eleições passadas.
Chegará? Ou é preciso chegar ao ponto de o Chega ter de ganhar umas eleições, para as esquerdas admitirem a teimosia cega em que vivem?
Pelo que ouço, não perceberam ainda. A responsabilidade da subida da extrema-direita em Portugal é dos políticos de esquerda, por acomodados, não darem respostas à população.
Antes do dia 18 de maio 2025, acusavam os cidadãos de olhar a realidade social portuguesa, através de sensações. Depois desta data, e dado o terramoto expresso nas urnas, vêm agora dizer, que os portugueses votam por causa de percepções.
Não aprendem, tratando com arrogância e paternalismo o povo, que é quem mais ordena.
E se os jornalistas, comentadores e políticos tivessem a coragem de dizer a verdade ? De pensar a realidade.
Experimentamos tempos difíceis, com a vinda de dois milhões de migrantes, instalados ao lado de dois milhões de portugueses a viverem na pobreza. A somar dois milhões no limiar dessa pobreza, a trabalharem, com dificuldades em atingir o fim do mês com dinheiro no bolso. A quem é exigido pagar impostos, quando se encontram em situação de desemprego, veem-lhe ser negado o subsídio. Quando no guichet ao lado, gente que não trabalha, recebe reiteradamente dinheiro. Esta é a uma das realidades, que a esquerda e centro recusam admitir, e o Chega explora, afirmando-a.
Tal como a insegurança.
O medo de ser rotulado de racista, xenófobo, por apenas se falar disto, priva a liberdade das pessoas. Que votarão secretamente naqueles que falam desses temas. Simples. Não se resume a isto, mas isto é o dia-a-dia dos eleitores na rua.
A esquerda depois de governar e deixar a sociedade no estado em que está, não soube permitir a alternância de governabilidade democrática. A ânsia dos socialistas habituados aos privilégios do poder, iludiu a nova direção do PS, indo atrás da agenda bloquista, ela própria irrealista e sem sentido prático económico na vida dos portugueses.
Atenção! Ainda há reservas no eleitorado, que recusa votar na extrema-direita. Mas até quando?
Todos continuam a atacar o Chega, e portanto promovendo-o, numa cegueira política indomável. A Ventura basta seguir em frente, uma vez que os “outros” lhe estendem o tapete para avançar. Repito isto desde 2015.
O Chega afirma ser anti-sistema, quando não o é. O Chega quer o mesmo que os outros, gozar dos privilégios do poder. E a única forma de o travar é aceitá-lo. E demonstrar se “eles” são ou não capazes de partilhar o poder. E não serão. Contudo todos lhe querem recusar essa partilha. É melhor partilhar, controlando, do que deixar chegar o dia da vitória por si só, nas eleições.
Atenção às autarquicas.
Numa palavra, as pessoas estão cansadas de ser pobres, ao fim de 50 anos de democracia. E querem mudar a sua vida. Quem consegue propor mudanças visíveis, além do Chega? Não estou a afirmar, mas a questionar. E a espera de respostas…
Certamente não é com o populismo de Mariana Mortágua a dizer “connosco vão trabalhar menos e ganhar mais”.
Já agora, José Luís Carneiro não é a resposta certa para a esquerda e todos sabem isso. Continuem a empurrar com a barriga, como o Costa fez. Aparentemente ainda não chega…
Nota: de há uns anos para cá, fotografo o meu boletim de voto com a cruzinha. Para ninguém me acusar de votar neste ou naquele. Ao ponto onde chegámos!