A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) lançou o concurso público para a construção do Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz. Trata-se de uma obra de 32,85 milhões de euros, com um prazo de execução de 18 meses, que permitirá regar 4.786 hectares. A apresentação de propostas encerra no dia 19 de dezembro.
“Unimos os agricultores para a criação de um grupo de pressão e durante este período foram pedidas audiências aos vários ministros com a pasta da Agricultura, até que este Governo assumiu o compromisso e teve a vontade política para lançar o concurso do único bloco de rega que não estava contemplado nas empreitadas do Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz e que não tinha o financiamento assegurado”, diz a presidente da Câmara, Marta Prates.
A autarca diz ter ficado “com a certeza” que a obra iria avançar em agosto deste ano, aquando da deslocação ao concelho do ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes. “Foi nesse dia que tive a certeza que o Bloco de Rega de Reguengos ia avançar, durante uma reunião na autarquia, quando ouvi a garantia do Governo para fazer a obra e que o perímetro de rega poderá estar disponível em 2026 para que os agricultores possam regar as suas culturas”, sublinha.
Marta Prates recorda que “o sector agrícola é fundamental para a economia do concelho” pelo que “deverá ser sempre defendido e valorizado”, acrescentando que a abertura deste concurso público “demonstra que a luta que travámos durante três anos para que a obra avançasse atingiu o seu objetivo”.
O concelho tem a sua base económica na agricultura, maioritariamente na vitivinicultura, com centenas de pequenos agricultores e 14 produtores de vinho na sub-região vitivinícola de Reguengos de Monsaraz, que produzem anualmente milhões de litros de vinho.