Entre amigos, Dinis Pinto gostava de se apresentar como o “lobo mau” do PCP. E Agostinho Mira como um “histórico” do PS. O primeiro já não pode concorrer à Junta de Freguesia de Alvito, por ter atingido o limite máximo de mandatos. E o mesmo sucede com o segundo, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova da Baronia.
Fechada a porta das juntas, eis que “descobrem” uma janela de oportunidade, e eis que os dois surgem como líderes de um movimento “independente” que se apresenta a votos nas próximas autárquicas. Dinis Pinto é o candidato a presidente de Câmara, sendo que é igualmente provedor da Santa Casa da Misericórdia. “Entendemos que ainda podemos dar mais uma corrida”, refere.
Num concelho que já foi gerido pelo PSD, os sociais-democratas não irão desta vez a votos, apoiando a lista de ex-PCP e ex-PS.
Alvito será um ‘case study’ da política autárquica portuguesa, somando 10 presidentes diferentes desde as primeiras autárquicas, em 1976, já por lá tendo passado políticos de (quase) todos os quadrantes políticos.
À frente da Câmara desde 2021, José Efigénio volta a apresentar-se a votos pelo PS, partindo para estas eleições numa posição confortável de quase 50% de votação obtida há quatro anos e com a convicção na mais-valia do trabalho executado durante este mandato: “Conseguimos dar resposta a muitos dos desafios que enfrentávamos, desde a valorização do património à captação de investimento, à melhoria das infraestruturas e à aposta na qualidade de vida de todos”.
Projetos “há muito prometidos”, como a zona de atividades económicas de Vila Nova da Baronia ou a recuperação das Grutas de Alvito “tornaram-se finalmente realidade”, lembra o candidato. O Chega começou por anunciar a candidatura de André Reis, treinador do FC Babrungas Plungè, da segunda divisão da Lituânia, mas acabou por apresentar o empresário Hugo Coelho.
Texto: Alentejo Ilustrado | Fotografia: Arquivo/D.R.











