O ponto de partida foi um texto de Yasmina Rezza, escritora e argumentistas francesa. De acordo com a sinopse, Mário “não consegue aceitar de ânimo leve” que o seu melhor amigo, Sérgio, tenha comprado por um “valor exorbitante” um quadro branco com umas riscas brancas, “de um branco osso”, assinado por Antrios, “um pintor muito conhecido e apreciado pela elite intelectual”.
Uma outra personagem, Ivo, “tenta a a todo o custo manter-se em território neutro e amenizar as águas”. Acontece que, rapidamente, “mergulham numa avalanche de conflitos que trazem à tona os seus lados mais sombrios. Trocam ofensas e lançam farpas. Ultrapassam limites. São capazes de dizer tudo, colocando em risco uma amizade de mais de 15 anos”.
Escrito com delicadeza e engenho únicos, “Arte”, assinala a Theatron, “é um texto intemporal e fala-nos da complexidade, a fragilidade e a beleza das relações humanas”. A interpretação é de Bernardino Samina, Filipe Fernandes e João Macedo. A assistência de encenação de Rosa Souto Armas. Nuno Borda de Água assina o desenho de luz. A produção é de Todinha Santos.
Para além do teatro, a história da Theatron – Associação Cultural, que começou em 1998 como associação juvenil, é transversal a outras artes, como as artes plásticas, a fotografia ou a dança. Curiosamente, chegou a produzir um espectáculo de rádio. Realizou, ainda, os encontros de teatro anuais, assim como o Festival de Teatro, em parceria com a Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, com o sentido de trocar experiências com outros grupos amadores.
Atualmente, a sua grande singularidade é continuar a fazer teatro amador, com actores amadores mas com adaptações de texto, encenações e produção técnica orientadas por profissionais.
A 26.ª edição do Festival de Teatro de Amadores de Évora decorre todo o mês de novembro, numa organização da SOIR Joaquim António d’Aguiar, com parceria de Lendias d’Encantar, A Bruxa Teatro e Centro Dramático de Évora, e com o apoio do Inatel, da Câmara de Évora e da União das Freguesias de Évora.