Apagão acende alerta: Évora quer garantir água, mesmo sem eletricidade

O súbito apagão que mergulhou o Alentejo na escuridão acendeu um sinal de alarme em Évora: e se a água também faltasse? O presidente da Câmara, Carlos Pinto de Sá, defende agora alternativas às bombas elétricas da barragem do Monte Novo, sublinhando a urgência de prevenir falhas prolongadas no abastecimento.

O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, diz que são necessárias alternativas às bombas elétricas na barragem que abastece de água a cidade, para acautelar o fornecimento no caso de futuros apagões.

Em declarações à agência Lusa, o autarca admitiu que, no apagão energético de segunda-feira, uma das principais preocupações no município foi o abastecimento de água ao hospital e à população, que acabou por não ser afetado.

“De qualquer maneira, é preciso salvaguardar [o abastecimento de água] para situações em que uma falha como esta possa demorar mais tempo” a ser resolvida, referiu.

Pinto de Sá salientou que os depósitos de água da cidade têm capacidade para garantir o abastecimento público durante algumas horas, mas, se o apagão de segunda-feira se prolongasse por mais algum tempo, “os constrangimentos seriam maiores”.

“Agora, iremos fazer um levantamento e enviá-lo a várias entidades, no sentido de chamar a atenção para a necessidade de se fazerem alguns investimentos que permitam salvaguardar a possibilidade de termos mais horas” de abastecimento, adiantou.

Um dos investimentos propostos pelo presidente do município é a criação de “uma redundância em relação às bombas elétricas” na barragem do Monte Novo, que abastece Évora, “no sentido de salvaguardar o abastecimento dos depósitos” na cidade.

“No Monte Novo não há geradores para bombear a água e já transmitimos à [empresa] Águas do Vale do Tejo que esta é uma das situações que deve ser resolvida e precavida para situações futuras”, assinalou.

Também em Reguengos de Monsaraz, os receios centraram-se no abastecimento de água, pois, como lembrou à Lusa a presidente do município, Marta Prates, “as bombas que levam a água aos reservatórios e, depois, à população precisam de eletricidade”.

“Não aconteceu nenhum problema, mas, se tivesse acontecido, tínhamos previsto o abastecimento à população através de água engarrafada”, indicou.

Segundo a autarca, a câmara chegou a reservar “muitos milhares de litros [de água engarrafada] nos supermercados da região”.

Contactado pela Lusa, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), David Fialho Galego, indicou que as câmaras deste território conseguiram que “todas as situações mais prementes” provocadas pelo apagão de segunda-feira fossem “regularizadas ao longo do dia”.

Segundo o também presidente da Câmara de Redondo, um pouco por todo o distrito, foram instalados geradores, uns cedidos localmente e outros pela empresa de distribuição de energia E-Redes, em centros de saúde, lares e infraestruturas de abastecimento público de água.

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