Arquitectos reúnem em Évora para debater ética, inovação e sustentabilidade 

A Ordem dos Arquitectos organiza, de 13 a 15 de novembro, em Évora, o 17.º Congresso dos Arquitectos, dedicado ao tema “Inteligência Essencial”. O encontro propõe uma reflexão crítica sobre o presente e o futuro da profissão, sublinhando o papel social, cultural e ético da arquitetura na construção de um futuro mais sustentável e humano.

Segundo a instituição, a escolha do tema “Inteligência Essencial” pretende sublinhar “a importância de uma inteligência profundamente humana, capaz de distinguir, compreender e transformar com sentido”. Num momento em que a inteligência artificial “desafia os fundamentos das profissões criativas”, esta inteligência essencial — “crítica, ética e sensível” — assume-se, nas palavras da OA, “como elemento distintivo e indispensável da prática arquitetónica”.

O programa do congresso reúne arquitetos, académicos e especialistas nacionais e internacionais para debater alguns dos principais desafios da profissão. Em foco estarão questões como as condições de carreira e os modelos de remuneração, os impactos da crise habitacional e demográfica, a integração da inovação tecnológica na prática arquitetónica e a relação entre arquitetura, património e representatividade.

Serão ainda abordados temas ligados à ética e à autoria profissional, à qualidade do território — incluindo matérias como as alterações climáticas, a gestão da água e o urbanismo resiliente —, bem como o ensino e a formação contínua dos arquitetos e os caminhos da internacionalização da profissão.

Num tempo “marcado por mudanças e desafios”, desde a crise habitacional à emergência climática e ao impacto crescente da inteligência artificial, a OA considera que o 17.º Congresso dos Arquitectos pretende “reafirmar a arquitetura como prática cultural, técnica e ética, com capacidade para antecipar, interpretar e liderar respostas inovadoras aos desafios contemporâneos”.

Entre os principais objetivos do encontro, a Ordem destaca “a promoção da inovação responsável, o reforço da coesão territorial, a equidade no exercício da profissão e o desenvolvimento de soluções arquitetónicas acessíveis, sustentáveis e enraizadas no território”.

A OA sublinha ainda que o congresso representa “um momento essencial para a reflexão sobre o papel da arquitetura na sociedade”. Através do diálogo e da partilha de ideias, a instituição reafirma “o compromisso em promover uma arquitetura ética, responsável e comprometida com o bem comum”.

Texto: Alentejo Ilustrado | Fotografia: D.R.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Partilhar artigo:

ASSINE AQUI A SUA REVISTA

Opinião

CARLOS LEITÃO
Crónicas

BRUNO HORTA SOARES
É p'ra hoje ou p'ra amanhã

Caro? O azeite?

PUBLICIDADE

© 2025 Alentejo Ilustrado. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.

Assinar revista

Apoie o jornalismo independente. Assine a Alentejo Ilustrado durante um ano, por 30,00 euros (IVA e portes incluídos)

Pesquisar artigo

Procurar