Segundo a instituição, a escolha do tema “Inteligência Essencial” pretende sublinhar “a importância de uma inteligência profundamente humana, capaz de distinguir, compreender e transformar com sentido”. Num momento em que a inteligência artificial “desafia os fundamentos das profissões criativas”, esta inteligência essencial — “crítica, ética e sensível” — assume-se, nas palavras da OA, “como elemento distintivo e indispensável da prática arquitetónica”.
O programa do congresso reúne arquitetos, académicos e especialistas nacionais e internacionais para debater alguns dos principais desafios da profissão. Em foco estarão questões como as condições de carreira e os modelos de remuneração, os impactos da crise habitacional e demográfica, a integração da inovação tecnológica na prática arquitetónica e a relação entre arquitetura, património e representatividade.
Serão ainda abordados temas ligados à ética e à autoria profissional, à qualidade do território — incluindo matérias como as alterações climáticas, a gestão da água e o urbanismo resiliente —, bem como o ensino e a formação contínua dos arquitetos e os caminhos da internacionalização da profissão.
Num tempo “marcado por mudanças e desafios”, desde a crise habitacional à emergência climática e ao impacto crescente da inteligência artificial, a OA considera que o 17.º Congresso dos Arquitectos pretende “reafirmar a arquitetura como prática cultural, técnica e ética, com capacidade para antecipar, interpretar e liderar respostas inovadoras aos desafios contemporâneos”.
Entre os principais objetivos do encontro, a Ordem destaca “a promoção da inovação responsável, o reforço da coesão territorial, a equidade no exercício da profissão e o desenvolvimento de soluções arquitetónicas acessíveis, sustentáveis e enraizadas no território”.
A OA sublinha ainda que o congresso representa “um momento essencial para a reflexão sobre o papel da arquitetura na sociedade”. Através do diálogo e da partilha de ideias, a instituição reafirma “o compromisso em promover uma arquitetura ética, responsável e comprometida com o bem comum”.
Texto: Alentejo Ilustrado | Fotografia: D.R.











